quinta-feira, 27 de agosto de 2015

FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 07 - 2° TEMP.

CHAY
Eu parecia um veadinho, uma gazela assustada correndo de uma conversa sobre sexualidade. Tudo bem, talvez a comparação fosse pesada demais, mas somente isso justificava minha fuga quando Mel propôs aquela conversa. Sinceramente... somente se ela me dissesse que se jogaria na cama comigo, num lugar deserto, longe de toda aquela merda. Fora isso, eu não queria ouvir. As pessoas tem a irritante mania de achar que sou de aço, que aguento todas as porradas do mundo de uma só vez. Fiz fama de implacável, duro, frio, agora teria que aguentar toda espécie de absurdos que eram jogados sobre mim, sem chance de escapar.
Como a intenção dela não era se acabar comigo numa cama, eu mesmo me encarreguei de acabar com ela na nossa cama. Assim que entrou no escritório querendo conversar, eu a puxei para mim, beijando-a e subindo com ela no colo para o nosso quarto. Ela ainda tentou me fazer parar, mas a safadeza dela não permitia. Em pouco tempo estava gemendo sob meu corpo... ou por cima dele.... ou em tantas outras posições que consegui, para cansá-la ao extremo. Agora estava ressonando de bruços ao meu lado. Melhor assim. Enquanto ela descansava o corpo, eu descansava minha mente. Estava decidido e demônio nenhum me faria mudar de ideia. Principalmente aquele demônio em forma de mulher. Eu sabia que Mel me daria uma notícia pior do que todas as outras que recebi nos últimos dias. Levantei-me, disposto a ir atrás dos trombadinhas e contar a novidade. Ja previa choro, quebradeira, mas eu não voltaria atrás.
Tinha acabado de vestir minha calça quando ouvi a voz.
- Pode ir parando ai. Não pense que fugirá de nossa conversa.
Girei o corpo lentamente, olhando para Mel, estreitando os olhos.
- Estava fingindo que dormia, Mel?
- E você se aproveitando para fugir.Chay Suede fugindo de uma conversa. Essa será a piada do ano.
- Refaça sua frase. Chay Suede fugindo de uma conversa tosca e sem sentido.
Ela apenas cruzou os braços e me encarou.
- Sente-se aqui.
- Não. Tenho coisas mais importantes a fazer. E já saquei que você só esperou eu me vestir para mostrar que está acordada. Medo que eu a calasse novamente com meu...
- Ah, Chay... pare de criancice. Está parecendo uma mulherzinha fugindo desse jeito.
Passei a mão no cabelo, bagunçando-o e começando a andar pelo quarto. Estava começando a me irritar novamente e isso não era bom sinal.
- Sabe que nunca fugi de caralho nenhum, porra.
Depois da frase estranha, apertei meus lábios ao ver o sorriso sarcástico dela.
- Você entendeu o que eu quis dizer.
Peguei minha camisa com força desnecessária e a vesti.
- Eu me recuso a ouvir algo que já sei. Eu quase posso ouvir sua voz aqui... massacrando meus ouvidos com uma explicação completamente estúpida.
- Ah é, senhor Eu sei tudo...então diga-me o que pensa que direi.
- Dirá que nossos filhos tem a máfia no sangue. São nossos herdeiros, querendo ou não. E que eles puxaram a mim, o que é uma grande inverdade. Dirá também que eles se sairão muito bem, pois serão treinados por mim, que farão apenas trabalho leve e toda essa merda que anda espalhada na mente obtusa de vocês.
- Hum... perfeito, senhor Suede. E sabe por que adivinhou tudo isso?
Dei um sorriso debochado.
- Porque é fácil ler pensamentos medíocres.
Ela apenas estreitou os olhos e se levantou, magnificamente nua, apontando o dedo em meu peito.
- Medíocre é sua babaquice ao não assumir que seus filhos estão mais do que dentro da máfia há anos. Nem venha com essa conversa mole de que só estão com dezesseis anos. Você assumiu mais velho, mas bem sei que aos dezessete você já carregava uma morte nas costas.
- Não foi... por querer. E foda-se, eu digo que eles não farão parte e ponto final.
Mel inspirou muito lentamente e tive a certeza que ela contava mentalmente até cinquenta, para não me meter o punho fechado na cara. Seria uma tremenda injustiça, afinal quem merecia apanhar era o velhote maluco que se dizia meu pai.
- Ok... não vamos discutir isso por enquanto. Não era bem isso que queria com você. Acho que está perdendo o jeito, Berllucci.
Ela falou e piscou, mostrando seu sarcasmo. Realmente... estava perdendo o jeito para pescar no ar o que minha adorada esposa estava aprontando.
- Momentaneamente, querida. Mas estou aqui.
Sentei-me na poltrona e abri os braços, sendo cínico, mas me sentindo mais cansado do que jamais estive.
- Vamos lá, amor... despeje tudo sobre mim. Acho que nada mais me perturba. Fale.
- Alice e Rosalie...
Ela falou ao se sentar no meu colo. Por algumas horas, tinha me esquecido completamente daquelas duas. Não fazia ideia da reação delas, após descobrirem que os ratos, que se intitulavam maridos, ficaram a favor da loucura do meu pai. Alice era brava, assim como Rosalie, mas ambas apaixonadíssimas pelos maridos. So não sabia se eram topetudas feito Mel, a ponto de desafiá-los.
- O que tem elas?
- Estão possessas com os maridos, óbvio. Eu não sei o que Rosalie fará quanto ao Emmett, mas a Alice...
Passei meus dedos na testa, já mandando uma mensagem para minha cabeça, que esse não era o momento de doer.
- Fale tudo logo, Mel. Odeio esses rodeios...
- E eu amo sua delicadeza... sempre.
Beijou-me e me encarou, meio ressabiada.
- Alice está abandonando o Jasper.
Enfim, uma surpresa. Sempre acreditei que Alice, apesar de ser uma abelhuda, era uma mulher quase dependente do marido. Era bem resolvida, quase tão atrevida quanto Mel, mas, ainda assim, se preocupava demais com as reações do marido com qualquer atitude sua. Cheguei mesmo a pensar que ela apoiaria Jasper , apesar de ter brigado com Carlisle. Talvez Mel estivesse mesmo certa. Eu estava perdendo jeito...
Merda nenhuma que estava. O povo que resolveu se rebelar de uma hora pra outra, dando um nó em minha cabeça. No entanto, algo de repente estalou em meu cérebro.
- Espere ai... abandonando o jasper significa saindo de casa?
Eu amava Alice. Amava demais como se fosse realmente minha irmã de sangue. Mas tudo o que eu não precisava era ter aquela maluca sob o mesmo teto. Porque obviamente, se ela saísse de casa, eu não teria sossego sabendo que ela corria algum risco, desprotegida por ai.
Imaginei minha casa com Mel, Alie e os pivetes. Em uma semana estaria tão caduco quanto meu pai.
Mel percebeu o meu receio, óbvio. Gargalhou, colocando a cabeça em meu ombro.
- Não se preocupe. Ela disse que, se ele deseja apoiar Carlisle... que vá morar com ele. Ela não sairá de casa.
Eu tive que gargalhar ao imaginar Jasper sendo expulso de casa pela coisinha.
- Ainda bem que o cérebro dela não é tão prejudicado quanto sua estatura.
- Quanta maldade.
- Verei mais segurança para ela. Sei que aquele porra louca não fará isso.
Mel alisou a parte do meu peito que a camisa entreaberta revelava e fingiu calma. Tão dissimulada. Eu sabia que estava só preparando terreno para jogar mais uma bomba.
- Que porra... já falei para dizer tudo logo.
- Quanto aos nossos filhos...
Eu me levantei abruptamente, quase jogando-a ao chão.
- Quanto aos nossos filhos, já está decidido.
Ela me encarou e eu sustentei seu olhar.
- Não perderei minha família, Mel. Eles insistem nisso, e pelo jeito a desmiolada da mãe apoia. Portanto... ajude-me a fazer as malas deles. Irão hoje mesmo para fora do país.
Mel arregalou os olhos, mas não de susto e sim de indignação.
- Mas não vão mesmo. Meus filhos ficarão perto de mim.
- Que se dane! Escute aqui, Melanie... eu cansei. Cansei dessa porra toda.
Falei com raiva. Até eu mesmo me assustei com meu súbito ataque de fúria. Mel bateu palmas, o que me enfureceu ainda mais.
- O todo poderoso voltou. As ferraduras são novas, pelo jeito.
- Diga o que quiser. Você adora esse cavalo. Mas eu só digo uma coisa: quer seus filhos juntos de você? Então arrume suas malas e vá com eles. Aliás, seria bem melhor se realmente fosse com eles.
- O que? Está me mandando embora, Berllucci?
Ela gritou e me exasperei ainda mais.
- Que porra, não! Estou mandando aqueles pivetes metidos a revolucionários.
Soltei um palavrão e baixei meu tom de voz.
- Eu só quero minha família segura. E se para conseguir isso, eu precisar mandar você com eles, pode ter certeza que eu farei. Eu não quero isso. Você é minha companheira, minha força aqui. Mas não perderei nenhum de vocês... não mesmo.
- Você... você está sendo dramático demais, Chay.
- Que seja. Já está decidido. Estou saindo agora para uma... reunião. Providencie o jatinho. Eles partem ainda hoje.
Nesses últimos anos, foram poucas as vezes em que vi Mel sem fala, parecendo completamente sem chão. Mas eu precisava dar um basta naquela situação. Toda loucura tem limite. A dos meus filhos já tinha ultrapassado esse limite há muito tempo.
Calcei meus sapatos, peguei meu sobretudo e apenas dei um beijo na testa de Mel, que ainda estava paralisada. Por alguma razão, eu ainda achava que faltava uma peça na minha conversa com Mel. Algo que ela não me contou... ou melhor, que não esperei que dissesse.
Fui direto ao escritório, remexendo no cofre e pegando minha arma. Dali, sai sem ser visto, indo ao encontro de Don Andreoli. Mais algumas doses letais de preocupação em minha cabeça, mas eu sobreviveria.
☆;:*:;☆
Eu mordia o nó de meus dedos com tanta força que eles latejavam. O maldito Andreolli estava conseguindo me deixar realmente puto. Repeti um milhão de vezes que eu não tinha nada a ver com as loucuras do meu pai. Nossos negócios agora seguiam rumos diferentes. Entretanto, se eu não conseguia enganar nem a mim mesmo, conseguiria fazer isso com ele? Ele pensava exatamente como eu. Ainda que não estivéssemos mais do mesmo lado, sempre seríamos a família Suede. E se um Suede fizesse uma besteira, todo o resto estaria envolvido.
- Eu me esforçaria mais para convencer Carlisle. Sabe como é... acho que você tem muito mais a perder do que ele.
Don Andreolli era um homem baixo e corpulento, na faixa dos sessenta anos. Porem, era bem conservado e quem não o conhecesse diria que não chegava aos cinquenta. Eu estreitei os olhos ao ouvir aquelas palavras. Minha mente estava ligada aos movimentos próximos a ele. Sabia que um dos homens dele estava por perto, armado. Mas eu também estava, além do Stefan que me acompanhou.
- Tenho. Todos nós temos.
- Mas eu temeria muito mais se eu tivesse duas beldades em casa... como as que você tem.
Eu senti o osso do meu maxilar latejando, como ficava sempre quando eu me encontrava furioso. Trinquei meus dentes e praticamente rosnei para ele, que simplesmente riu.
- Mas a garota é novinha ainda, não sou um pedófilo. Mas a senhora Suede, com todo respeito...
Respeito era o caralho. Ouvir qualquer marmanjo falando da minha mulher me cegava completamente. Ele nem teve tempo para completar seu pensamento sujo e eu avançava sobre ele, agarrando-o pelo colarinho. Muito ágil, eu o agarrei e girei o corpo, deixando-o à minha frente. Foi tudo tão rápido que seu segurança mal teve tempo de agir. A minha arma já estava apontada para a cabeça dele, enquanto meu braço dava uma gravata em seu pescoço.
- Vince... baixe a arma. Ele... não fará nada.
Don Andreolli falou com dificuldade. So poderia ser louco. Era claro que eu faria sim, se ele continuasse falando das minhas mulheres. Mas Vince obedeceu e eu afrouxei um pouco o aperto, antes de falar bem próximo ao ouvido dele.
- Não pense, não sonhe, não ouse falar o nome da minha esposa ou da minha filha. Eu mato você só por se lembrar que elas existem.
- Calma, rapaz. Foi...
Ele tossiu e afrouxei um pouco mais o braço, empurrando-o para frente. Ele acenou para Vince que se afastou um pouco e então eu voltei a me sentar. Mas ainda estava puto com ele e louco para quebrar sua cara.
- Tão nervoso quando falam da esposa. Mas já deveria ter se acostumado. Aposto como ouviu isso esses anos todos. E a tendência é piorar, afinal... ela é como vinho.
Fechei meus olhos e pressionei os dedos no nariz. Ele não sabia onde estava se enfiando.
- Está tão aflito para se matar? Porque está claramente me pedindo para fazer isso.
Inclinei um pouco meu corpo para frente e sussurrei ameaçadoramente.
- Terei um prazer imenso em arrancar um por um dos seus dentes.
- Sei disso. Ja ouvi falar muito de seus métodos de tortura.
Ficamos em momentâneo e incômodo silencio, até que ele me surpreendeu.
- Aquela cadela já foi minha amante.
Falou pegando e acendendo um cigarro, que tragou lentamente.
- Quem?
- Serena.
Retesei meu corpo e recostei-me novamente na cadeira. Minha mente já fervilhava e milhares de suposições se embaralhavam.
- Era minha amante na Holanda, até que a abandonei para ficar com Martina. Sem querer me gabar, mas eu acho que ela quer me provocar. E está usando Carlisle.
Permaneci em silêncio, pensando sobre o assunto. Uma prostituta se rebelando também? Era a sétima trombeta do apocalipse mesmo. O que mais faltava acontecer? Sinceramente, eu não via como uma prostituta poderia ameaçar forças como as nossas. Era um tanto inconcebível pra mim.
- Sei que parece louco, mas é a verdade. Serena sempre teve as melhores garotas. Eu queria gerenciá-la, mas então apareceu Martina.
Ele tragou cigarro mais uma vez e me encarou com um sorriso debochado.
- E eu me apaixonei... fiquei de quatro, assim como você. E óbvio, Martina exigiu que eu não gerenciasse Serena. Portanto... acho que minha adorável prostituta ficou magoada.
Eu até ri. Era cômico, na verdade. Mas por que eu não aceitava? Não poderia ser só isso. E felizmente, Andreolli parecia partilhar do meu pensamento.
- Ela está usando seu pai, obviamente. Mas há alguém com ela... eu sinto. E é alguém que quer você e não eu.
Levantei-me imediatamente. Eu também sentia isso. Tinha algo apitando em minha mente dia e noite. Inferno... por que meu pai teve que perder toda a astucia que possuía? Deus me livre de ficar assim quando envelhecer.
- Eu sei disso. Aliás desde quando começou essa merda, eu já pressenti isso. Mas não faço ideia de onde vem.
Don Andreolli se levantou e estendeu a mão para mim.
- Eu o apoio... e você me apoia. Mas você sabe que vem chumbo grosso ai. Benitez não vai aceitar isso.
Ainda tinha aquele demônio para me perturbar ainda mais. Benitez era um playboy drogado, metido a mafioso, que dividia com Don Andreolli o comando dos puteiros da cidade. Jovem e desequilibrado, faria de tudo para se mostrar, ainda mais tentando derrotar os Suede.
Sem pestanejar, apertei a mão que me era estendida. Hora de formar pactos e principalmente... tirar minha família da linha de tiro.
Quarenta minutos depois eu saía dali e voava de volta para casa. Liguei meu celular, verificando as mais de dez ligações, todas de Mel. Provavelmente estava desesperada arrumando as fraldas e mamadeiras para viagem. Aliás... já era hora de me preparar para o festival de choro quando eu chegasse em casa.
Ao chegar, encontrei Jack com um sorriso cínico e só rolei meus olhos. Ja sabia que o clima la dentro não deveria ser dos melhores. E não me enganei. Mel estava sentada no sofá, entre Valentina e Enzo. Joseph estava no outro sofá. Tanto Mel quanto Enzo tinham os olhos vermelhos e inchados. Joseph me olhou, entre decepcionado e magoado. Mas Valentina parecia querer saltar em meu pescoço. Resolvi ignorar o clima de chantagem emocional.
- Estão prontos?
- Pai...
Joseph começou e eu o interrompi, estendendo a mão em sua direção.
- Pare. Ja está decidido. Eu avisei que se continuassem com essa loucura, eu os tiraria daqui. Eu não posso fazer nada quanto a você, Joseph, afinal, já é maior de idade. Mas seus irmãos estão de partida.
- Eu posso ao menos falar?
- Não. Nos meus negócios mando eu e não será pirralho nenhum a me ensinar a trabalhar. Eu não posso te enfiar num avião e te mandar pra África, cuidar de criancinhas desnutridas, mas posso impedir sua entrada onde EU comando.
Falei e ele se calou. Com as mãos na cintura, eu encarei Mel. Por um breve momento, tive medo que ela dissesse que iria também. Bateu o terror e logo a imagem de mim mesmo, arrumando minhas malas e partindo com elas se fez presente.
- Mel?
Ela fungou, mas não me olhou.
- Eles estão... prontos.
Valentina deu um pulo, agora dando vazão ao seu choro de raiva.
- Uma merda que estamos. Eu não vou sair do país. Não mesmo.
- Ah não? E quem vai me impedir de enfiar você naquele jatinho agora mesmo? Eu já avisei, Valentina... tem testado minha paciência. Eu deveria mesmo lhe dar uns cascudos.
- Pois dê... eu não tenho medo de apanhar. Nunca tive. Sou forte feito minha mãe.
Arqueei a sobrancelha e olhei para Mel que agora me encarava. Viu? Como eu tinha razão? Puxou o topete da mãe.
- Que ótimo. So que não estou com tempo agora. Podem pegar suas coisas.
Mel se abraçou mais a Enzo e eu tive vontade de dar uns tapas nela também.
- Eu vou... mas vou me deitar com o Liam todos os dias. Vou engravidar de gêmeos como a mamãe e trarei seus netos endemoniados para você cuidar.
Ela não me faria perder o controle. Forcei minha mente a não imaginar duas pestinhas feito ela, correndo pela casa e me chamando de vovô.
- Jacob já sabe muito bem como castrar um porco. E isso acontecerá se Liam relar a mão em você.
- Eu te odeio, pai. Eu te odeio.
Ela gritou e subiu as escadas correndo. Rolei meus olhos novamente para a cena de drama adolescente. Eu não fraquejaria na frente deles.
Nenhum dos dois se despediu de mim ao entrarem no jatinho. Apenas abraçaram Mel e Joseph. Um dia eles entenderiam que era apenas para o bem deles. Joseph não voltou a me olhar, mas pelo menos Mel se jogou nos meus braços quando o jatinho decolou, levando meus filhos. Mais tarde, ao lado da minha mulher, eu me permitiria ser fraco.
CONTINUA

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