Cansado. Exausto. Louco para chutar o balde e me livrar de toda essa porra. Esmurrei o volante com força, as palavras de Mel massacrando minha mente, me deixando ainda mais louco que o normal.Será possível que ninguém nessa merda de família tinha juízo suficiente? Ninguém entendia a guerra que estávamos declarando? O que mais me irritava era saber que Mel estava apoiando aquela loucura. E eu? Estava me tornando um filho da puta frouxo que cedia às chantagens e charme daquela maldita.Parei o carro em frente ao estabelecimento e coloquei minha cabeça sobre o volante, fechando meus olhos.- Inferno.Esbravejei e estiquei a mão, pegando minha arma e conferindo a munição. Desci do carro e enquanto caminhava a passos largos, algumas imagens voltaram com força total à minha mente.A luta contra Don Matteo, o encontro com Joseph, a fuga, a captura. Tivemos muita sorte, isso era inegável. E agora tudo parecia querer explodir novamente. Enzo... Joseph... Valentina... Mel. Eu tenho a certeza que eles seriam os primeiros da lista quando a guerra explodisse.- Que se foda meu pai, que se foda a máfia, que se foda essa merda toda.Não poderia compactuar com isso. Desde quando me entendia por gente, eu ouvia o pai dizer que prostituição era um ramo no qual não se atreveria mais. Como eu poderia voltar atrás agora?Adentrando o bordel, eu analisei o ambiente, olhando com olhos semicerrados à minha volta. Parecia que as pessoas prenderam a respiração ao me verem. Entendo que minha figura mete medo em muita gente, e como minha expressão não deveria ser das melhores, o medo triplicava.Algumas putas ainda tinham o desplante de ajeitar o decote de maneira vulgar, mascando chicletes, como se aquilo fosse sexy e atraente. Quase revirei meus olhos, mas ignorei e continuei à procura de quem eu queria. Agora as coisas pareceram clarear em minha mente.Após procurar alguns instantes, eu avistei a morena de seios fartos e cabelos pretos e lisos. Ela me olhou, como se não tivesse interesse algum, mas eu percebia a luxúria em seus olhos. Fiz um gesto com a cabeça, indicando o segundo andar e subi as escadas sem olhar para trás. Pouco me importava se estava acompanhada ou não. Aliás... aquela vadia não disse que só ficava com o meu pai? Isso só atiçou ainda mais meus pensamentos. Meu olhar não perdia absolutamente nada e tive a certeza de ver o velhote com a mão no meio de suas pernas.Acendi meu charuto assim que adentrei o quarto, ignorando a garrafa de uísque barato sobre a pequena mesa. Dor de cabeça eu já tinha demais sem aquele álcool de quinta.Estava de costas quando senti o cheiro enjoativo de perfume barato e soube que ela estava ali. A porta foi fechada no minuto em que me virei e a encarei.Serena era sem dúvida uma mulher muito bonita. Mas eram engraçadas algumas coisas. Tem mulher que não consegue esconder seu jeito de puta. Ela era uma delas. Aliás... como uma mulher daquela poderia se chamar Serena?Franzi minha testa e ela ergueu a sobrancelha, de maneira cínica.- Acho que tem uma boa notícia para mim, Chay?Traguei o charuto lentamente e fechei meus olhos, para depois abrir lentamente e soltar a fumaça ainda mais lentamente. A minha cara de tédio, mas que Mel diria ser uma cara de bunda, provavelmente assustou a mulher que deu um passo para trás.- Chay? Bah... Senhor Suede pra você.Coloquei o charuto no cinzeiro e a mão no bolso logo em seguida.- Sabe... uma coisa vem...Bati o dedo em minha testa.- Cutucando meu cérebro. Por que minha família?- Como?- Reformulando. Por que meu pai? Tudo bem... sei que anda abrindo as pernas pra ele, mas minha pergunta nada tem a ver com essa putaria. Quero saber por que faz questão que seja meu pai a gerenciar vocês?- Bom... porque você são uma das famílias mais respeitadas daqui. E além do mais, se eu e Carlisle estamos nos envolvendo, nada mais natural que fosse.-Mesmo? Que lindo...Debochei e caminhei até ela, que novamente deu alguns passos para trás e caiu sentada na cama. Inclinei-me sobre ela que claramente se excitou. Remexeu-se na cama, colocando a língua sobre os lábios e se remexendo mais para balançar os seios à minha frente. Continuei me inclinando sobre ela e quando ela estava prestes a se deitar na cama, eu a puxei pela nuca, quase colando meu rosto no dela. Ela arfou e seus olhos brilharam, mas eu apenas vociferei.- Conte outra, piranha.Soltei-a com força e dessa vez ela caiu de costas no colchão, mas rapidamente se levantou.- Como... como ousa falar assim comigo?Girou o corpo e avancei sobre ela novamente, sem lhe dar chance para se afastar. Dessa vez segurei-a pelos cabelos, feito homem das cavernas e encostei-a contra a parede.- Eu que pergunto como ousa achar que sou tão idiota feito meu pai? Acha que acredito que caiu um puteiro aqui do nada? Pode ir abrindo essa boca de chupar pica e me falar o que está tramando. Quem mandou você?- Você é louco. Eu vim pra cá porque quis. Eu não fui atrás de ninguém. Seu pai é que veio ate aqui.- Pode até ser. Mas o fato de querer ser gerenciada por nós sabendo que isso seria quebrar todos os nossos pactos é no mínimo estranho. Não pensou nisso? Ja que está tão envolvida com meu pai?- Ele quis isso, não eu.Apertei meus dedos em volta de sua garganta, quase erguendo-a do chão. Ela colocou as unhas em meu braço e eu rosnei sacudindo.- Se deixar qualquer marca em mim eu arrebento com você, vadia.Soltei-a e seu corpo foi ao chão. Passei a mão pelo cabelo e me afastei. Eu conhecia vagabundos e toda escória só de olhar para eles. Pessoas desonestas e safadas eram facilmente captadas pelo meu cérebro sempre em atividade. Na primeira vez em que estive aqui, talvez estivesse aéreo demais para não ter percebido, mas agora as coisas estavam bem claras pra mim. Ainda não tinha certeza de quem estava por trás disso, mas eu não tinha dúvidas de que isso era apenas uma forma de nos derrubar.- Só vou lhe dar um aviso. Não vamos embarcar nessa. Eu me recuso a fazer esse tipo de negócio.- Chay... por que não da mais uma olhada em nosso "negocio". Quem sabe assim não muda de ideia?Eu gargalhei, jogando minha cabeça para trás.- Acha que sou meu pai, que está tão senil e desesperado que endeusa a primeira que abre as pernas para ele? O que vocês oferecem aqui, eu tenho em casa. E vamos combinar... nem se você juntar todas elas... chegará aos pés da minha. Mas eu não terminei meu aviso: esqueça o propósito de enredar meu pai. Eu comando agora e não ele. Continue fazendo seu trabalho que é receber o pau dele dentro de você, mas esqueça esse absurdo que é ser gerenciada por nós.- Chay...- SENHOR Suede, CARALHO.Gritei e sai do quarto, batendo a porta. Passei pelo salão, sendo interceptada por duas vadias que, ou não me conheciam ou não tinham amor à vida. Felizmente eu era mestre em espantar qualquer merda que fosse apenas com o olhar.Entrei no carro e sai cantando pneu, querendo ficar livre daquele pesadelo. Sabia que em menos de vinte e quatro horas aquela vadia ia dar com a língua nos dentes e meu pai viria feito um touro atrás de mim. Portanto... eu precisava extravasar.Gastei metade do tempo até minha casa e quase arrebentei com os portões, irritado com a demora dos seguranças para liberarem a entrada. Assim que desci do carro, avistei Mel na varanda do nosso quarto. Estreitei meus olhos, já imaginando aquela maldita camisola virar trapo em minhas mãos.Entrei em casa rapidamente e fui direto para o meu quarto, a irritação aumentando a medida em que ia me lembrando da minha conversa com aquele ser dissimulado. Entrei no quarto e Mel se virou, olhando-me interrogativamente. Tirei a camisa e chutei os sapatos a um canto, sem dizer uma só palavra.- Chay?- Calma Mel. Eu já venho cuidar do seu fogo.Ela cruzou os braços em frente ao peito, fazendo seus seios subirem ainda mais. Obviamente não iria agarrá-la fedendo a cigarro ruim e perfume de vadia. Entrei sob a ducha e me esfreguei vigorosamente duas vezes. Lavei meus cabelos e estava tirando a espuma quando ouvi a porta do box sendo aberta. Abri os olhos, passando a mão neles e encarei Mel, completamente nua a minha frente.- Não conseguiu esperar?- Você é tão indigesto às vezes.- Obrigado pela parte que me toca. Pior seria se eu fosse indigesto sempre.- O que aconteceu para chegar desse jeito? Pensei que estivesse tudo resolvido.Puxei-a pela cintura, esmagando seus lábios contra os meus assim que senti seu corpo quente colado em mim. Ela gemeu e rapidamente envolveu meu pescoço com seus braços curtos.- Resolvi...Falei apertando seu seio e girando meu corpo, prensando-a contra a parede.- Resolvi foder você e esquecer momentaneamente toda aquela merda.- Mas Chay...Não faço ideia do que ela diria, mas se perdeu no momento em que ela sentiu meu pau entrando dentro dela, firme, forte e duro do jeito que ela gostava. E do jeito que eu precisava agora.☆;:*:;☆Mel vestia novamente a camisola, enquanto eu vestia a boxer, após voltarmos para o quarto. Estava de costas para mim e eu, óbvio, como o bom macho que sou, não conseguia desviar meus olhos daquela bunda maravilhosa.- Sabe... se toda vez que você voltar daquele bordel, vier me pegar daquele jeito, acreditarei que tem alguma vadia la que está deixando você assanhadinho.- Primeiro que assanhadinho é coisa de viadinho. Segundo, que você está cansada de saber que meu pau só sobe pra você.... .E por último... eu espero nunca mais colocar meus pés naquela merda- Epa... mas pelo jeito que você saiu daqui... pensei que as coisas seriam diferentes.Joguei-me na cama apenas com a boxer e dei uma batidinha ao meu lado para que Mel se deitasse. Caminhou sensualmente enquanto prendia seus cabelos num coque frouxo e se deitou de lado, segurando minha mão.- Enquanto seguia até lá, fui pensando em várias coisas.- E?- E ai que está estranho. Muito estranho. A tal Serena mesmo disse que nossa família é das mais respeitadas e conhecidas, então obviamente ela sabe que não fazemos esse tipo de negócio. Nada me tira da cabeça que ela está aproveitando a senilidade do meu pai para nos ferrar.- Fragilidade, Chay. Seu pai está frágil.- Fragilidade o caralho. Está doido, caduco... batendo pino. E tem alguém por trás disso. Meu faro não me engana.- Mas quem? A trupe de Don Matteo já foi destruída.Bufei, meio irritado e me sentei na cama.- Se eu soubesse quem, não estaria sentado aqui conversando com você. Estaria atrás do filho da puta.- Vou ignorar a falta de educação, tá? Bom... eu confesso que já tinha pensado nisso.Minha cabeça girou imediatamente e eu a olhei com o cenho franzido.- Então por que diabos fez aquela palhaçada toda? Por que me fez ir até la?- Eu não fiz nada. Eu apenas massageei seu ego. Mas eu sabia que você estava nervoso e não pensava com a razão. Assim que voltasse lá, disposto a aceitar aquela besteira... você abriria os olhos.- Não seria mais fácil ter me falado isso?Ela deu um sorriso que era puro deboche.- Você me diria, se fosse o contrário?Era mesmo uma peste. Se algum dia, em algum momento de loucura, eu tivesse alguma dúvida de que Mel era a mulher ideal para mim... agora eu não teria mais.- Ok. Você venceu.Puxei-a para os meus braços. Precisava pensar e Mel era uma espécie de guia quando tudo ficava difícil demais.- Preciso descobrir isso, Mel. Antes que meu pai faça merda.- Sim, mas agora vamos falar de coisas boas?Ergui a sobrancelha. Haveria espaço para algo de bom?- Joseph chegou.- Oh... caralho...Pulei da cama e coloquei meu roupão.- Por que não falou logo?- E perder a chance de você extravasar suas frustrações comigo?Acabei sorrindo.- Safada.Abri a porta do quarto no exato instante em que Joseph erguia o punho para bater à porta.- Oi pai.Ri abertamente, abraçando-o fortemente.- Que bom ter você aqui, filho.Apesar de todas as merdas que vinham acontecendo, esses eram os momentos em que eu acreditava que nada mais poderia dar errado. Quando estava com minha família, era como se nada la fora existisse. Eu poderia sonhar, não poderia?
terça-feira, 4 de agosto de 2015
FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 04 - 2° TEMP.
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perfeitamente perfeita
ResponderExcluirManu Ta Difícil lê Ppq Nn Ta Igual texto ta em tira
ResponderExcluirTa do jeito que eu peguei no blog da fic original :*
ExcluirManu pq vc ta demorando pra posta ta dmais
ResponderExcluirTa divo
ResponderExcluirContinua ♥
Lindo Lindo
ResponderExcluirCONTINUA ♥