terça-feira, 28 de julho de 2015

FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 02 - 2° TEMP.

Chay
Nunca vi uma pessoa tão propensa a fazer merda quanto eu. Deveria ter ficado quieto em casa, deitado em minha cama, mesmo que estivesse louco de vontade de dar uns bons tapas em Valentina. Mas não... eu tinha que sair. Tinha que me enfiar naquele bordel como se isso fosse mesmo me ajudar a relaxar. Ganhei foi uma bela dor de cabeça, com certeza resultado do uísque barato que me foi servido.
Acabei de crer que apenas Mel tinha o poder de me deixar relaxado e relativamente mais calmo.
Ja eram quase seis da manhã quando finalmente cheguei em casa.
Estacionei o carro e ao passar pela janela do meu quarto, vi as cortinas abertas, o que indicava que Mel já estava de pé. Ja estava mais do que acostumada a acordar cedo comigo.
Entrei e já encontrei Evangeline colocando a mesa do café.
–Bom dia, dinda.
–Bom dia menino. Está chegando agora? A menina Mel estava preocupada.
–Bobeira dela. Sabe que notícia ruim chega rápido.
–Está tudo bem?
–Poderia estar melhor.
–Descanse um pouco filho. Daqui a pouco seu pai chegará.
–Mais essa.
Resmunguei e subi as escadas. Ouvi a movimentação no quarto de Valentina e no quarto do Enzo, mas não entrei para falar com nenhum dos dois. Ao entrar em meu quarto, encontrei Mel sentada na cama, ainda de roupão, os cabelos úmidos soltos e os pés descalços. Linda como sempre.
–Oi.
–Você demorou.
–Precisava me distrair. Vou tomar um banho.
Eu precisava realmente de um banho. Não me sentaria ao lado da minha mulher com aquele cheiro de cigarro, bebida e perfume barato. Merda. Parecia que essa droga estava impregnada em minha pele. Peguei a esponja e esfreguei com força em meu corpo. Lavei meus cabelos até sentir que todo aquele cheiro enjoativo saía de mim.
Quando voltei ao quarto, apenas com a toalha em volta da cintura, Mel ainda permanecia na mesma posição.
–Seu pai já deve estar chegando.
Dei de ombros e me sentei na poltrona em frente a ela. Apenas abri meus braços e ela imediatamente se levantou e sentou-se em meu colo. Enfiou seus dedos em meus cabelos, massageando, me fazendo fechar os olhos.
Ela suspirou e esperou ate que eu voltasse a abrir os olhos.
–Ja cansei de te dizer que trabalho não faz você relaxar. Nunca fez. No mínimo faz você se esquecer de coisas desagradáveis por alguns momentos.
–Acho que preciso ouvir você mais... às vezes.
–Também penso isso.
–E Valentina?
–Chorou até dormir. Está com medo do que você possa fazer contra o namorado.
–Namorado porra nenhuma. Imagine só se minha menina, nessa idade namorará um homem na idade dele.
–Falaremos sobre isso depois ok? Agora... você foi ao bordel não foi?
Bufei. Minha mulher sempre estava alerta a tudo. Às vezes ela parecia saber dos meus passos antes mesmo que eu agisse. E eu adorava isso.
–Estive.
–E?
–Eu não quero isso, Mel.
–É tão ruim assim?
–O lugar é... até bem cuidado. As mulheres me pareceram bem asseadas, mas a questão não é essa. Eu sempre fui contra esse tipo de exploração. E meu pai também. Eu não entendo o porquê de ele insistir tanto nesse assunto agora.
–Nós dois sabemos o motivo, Chay.
–É explicável, Mel. Mas não é justificável. Mas eu digo que baterei o pé para defender minha opinião. Baterei de frente com meu pai.
–Será uma briga difícil.
–Eu sei. Mas eu não estou a frente dos negócios há tantos anos a troco de nada.
–Hum... e o que ficou fazendo la esse tempo todo?
Eu subi minha mão pelo seu corpo, enfiando-a pelo roupão até encontrar seu seio. Era disso que eu precisava. Do calor do corpo da minha mulher, da sua boca, do seu beijo.
–Bebendo... e conversando com algumas pessoas.
–Mulheres?
Eu me levantei, levando-a comigo e a abracei por trás, meu pau já dando sinal de vida.
–Sim.
Desfiz o nó do roupão e o tirei, deixando-a nua. Mel levou a mão para trás e tirou minha toalha, segurando meu pau com firmeza.
– Esse tesão não é pelas mulheres que viu no bordel não ne?
Mordi seu pescoço ao mesmo tempo em que apertava seus seios e esfregava minha ereção em sua bunda.
–Longe de você eu sou assexuado amor.
Ela gemeu e tombou a cabeça para trás, deitando-a em meu peito. Apertei seu seio com mais força ao ver seu olhar febril. Ela rebolou a bunda gostosa, e foi o bastante para que eu perdesse a compostura.
–Eu não ia fazer isso agora...mas...
–Isso.... o que?
Com minha "delicadeza" peculiar eu empurrei seu corpo para a cama, aproximando-me dela que me olhou sobre o ombro.
–Foder você, é claro.
–Mas...seu pai...
–Que se dane meu pai, que se danem os negócios... que se dane o mundo. Eu só não posso segurar essa tara por você.
Segurei meu pau e massageei de cima a baixo enquanto olhava minha esposa na cama. Ela se colocou sobre os joelhos e deslizou os braços sobre a cama, ficando apoiada também nos cotovelos.
Não falei nada. Apenas me posicionei e investi meus quadris, entrando completamente dentro dela. Parei um pouco, apenas me deliciando com a gostosura de sua carne me apertando, me recebendo dentro dela. Mas Mel... era sempre Mel. Fogosa e safada.
Apertei minhas mãos em seus quadris e comecei a bombear com força, sem me importar com o som que o choque entre nossos corpos provocava. Era disso que eu precisava. Extravasar com a única pessoa capaz de me entender, de me apoiar e de me amar incondicionalmente. Sempre foi assim. Não mudaria agora.
☆;:*:;☆
Mel e eu tomamos um banho rápido e descemos ou então não teríamos tempo para o café da manhã com nossos filhos. O clima ainda estava tenso. Valentina evitou me olhar e eu igualmente. Não sei do que seria capaz se ela viesse com aquele olhar atrevido pra cima de mim.
–É impressão minha ou está acontecendo algo?
–Não está acontecendo nada, Enzo. Preocupações normais do dia a dia.
–Hum... já sei o nome dessa preocupação.
Ele falou olhando para Valentina e eu segurei um riso. Ele viu o clima tenso e resolveu provocar, apenas para fazer com que Valentina se rebelasse. Ela até tentou falar. Abriu a boca, mas fechou-a em seguida ao ver o olhar da mãe sobre ela. Seja la o que for que Mel tenha dito a ela, com certeza funcionou.
–Joseph chega amanhã?
–Sim, amanhã a noite.
–Que bom. É bom ter um homem em casa.
–Hei garotão...está me chamando do que?
–Não é isso pai. Eu quis dizer mais jovem.
–Me chamou de velho. Não mudou muita coisa.
Mel riu alto e até mesmo Valentina deu um breve sorriso. E pensar que daqui a pouco a coisa ficaria tensa.
Pouco depois Enzo e Valentina se despediram. Ela mal erguendo os olhos pra mim, mas, ainda assim, me dando o beijo de todas as manhãs. Não se passaram cinco minutos desde a saída deles e meu pai chegou, acompanhado por Emmett e Jasper. Seu bom dia foi frio, como vinha sendo nos últimos tempos.
–Vamos para o escritório. Quanto antes discutirmos esse absurdo, melhor.
Mel me cutucou a cintura, chamando minha atenção. Mal entramos e meu pai foi logo falando.
–E então? Quando começaremos? Quando irá ao bordel e se apresentará como o novo dono daquilo tudo?
Eu caminhei lentamente até minha mesa e me sentei, olhando para o rosto dos demais. Emmett e Jasper também pareciam incomodados, mas a expressão de Mel era neutra. Serena, como quem assistia a uma missa.
–Eu não quero e não farei isso.
Meu pai se levantou e deu um soco na minha mesa.
–Uma ova que não vai.
Eu repeti seu gesto e me coloquei de pé, meu corpo inclinado sobre a mesa encarando-o.
–Quero ver se alguém irá me obrigar a isso.
–Está me desafiando, moleque?
–Moleque eu era quando você me colocou nessa vida. Eu segurei isso com mãos de ferro durante esses anos todos. Eu consegui encontrar aquele verme filho da puta que rondava nossa família. Eu segurei todas as pontas quando o senhor resolveu que queria apenas curtir seu casamento. Portanto não venha dar uma de poderoso chefão agora porque isso não cola comigo.
–Eu sei muito bem disso tudo que falou. Mas os negócios evoluem. Não podemos ficar parados no tempo. Entraremos no ramo da prostituição sim. Todos os mafiosos fazem isso. Por que seriamos diferentes?
–Porque somos diferentes, pai. Esse é um dos motivos pelos quais não somos envolvidos em constantes guerras. Não estamos nos metendo no negócio de ninguém. Coloque isso em sua cabeça pelo amor de Deus. Entrarmos nessa agora provocará uma guerra de proporções incalculáveis.
–Você é um exagerado, Chay. Se você se nega, então votaremos. Aliás, era isso que você deveria ter feito quando colocou sua mulher nos negócios também.
Abri a boca, mas pela primeira vez eu estava sem palavras. Meu pai sempre adorou Mel. Chegou muitas vezes a brincar e dizer que ela seria a dona do poder um dia. E agora me dizia isso?
–Mel se mostrou muito capaz de estar aonde está hoje. Algumas pessoas que pelo visto estão ficando senis e não enxergam isso.
O clima esquentou. O tempo fechou. Meu pai partiu para cima de mim querendo me bater. Eu o enfrentei, lógico. Nunca fui de baixar a cabeça pra ninguém. Emmett e Jasper o seguraram e Mel se colocou à minha frente, a louca.
–Seu arrogante de merda. Eu levei os negócios muito mais tempo que você. Não passa de um bebê nas fraldas se comparado a mim.
–Então pegue tudo de volta. Se é desse jeito que quer... tome a dianteira. Eu não faço questão.
–Eu já esperava isso de você. Virou um frouxo, um bunda mole depois que se apaixonou.
Ah não. Isso já era demais. Poderiam falar o que quisessem de mim, até mesmo que eu era gay, afinal eu não era mesmo. Mas insinuar qualquer coisa a respeito da minha mulher, ou como meu pai disse, que fiquei frouxo por causa dela... isso não. Talvez eu me arrependesse mais tarde, mas no momento eu estava muito puto de raiva.
–E desde quando você tem moral pra me falar alguma coisa? Olhe pra você mesmo. Olhe no que se transformou desde que a minha mãe se foi. Fica ai pelos cantos se fazendo de coitado.
–Cale a boca. Você não sabe de nada.
–A verdade dói não é? Mas tenha certeza que seus atos doem mais em nós. Pare de sentir pena de si mesmo. Você continua vivo. Quantas pessoas morrem todos os dias, quantas pessoas nós matamos e a outras permanecem ai... de pé? Acha que minha mãe está feliz por ver que você também se transformou num homem fraco, amargo e revoltado?
– Cale a boca! Estúpido! Cale a boca!
Meu pai avançou para mim novamente, quase passando sobre a mesa. Jasper voltou a agarrá-lo, segurando-o firmemente.
– Pois a partir de hoje você está fora! Eu tomo conta de tudo agora! Você está fora, entendeu?
Depois da explosão, o silêncio. Nós dois nos encarando.
–Acho que então não temos mais nada a dizer.
–Chay... cara... vamos conversar melhor.
–Não, Emmett. Se nosso pai quer assim, então será assim. Aliás... tem um carregamento chegando hoje. Vocês já podem ir.
Meu pai ainda ficou um tempo me encarando, o semblante um tanto triste. Mas depois apenas se virou e saiu.
–Vão atrás dele.
–Chay, pense melhor.
–Vá Jasper.
Assim que eles saíram eu me joguei na cadeira, deixando meu corpo escorregar um pouco e fechei os olhos.
Pouco depois senti as mãos de Mel em minha coxa.
–Não acha que foi longe demais?
–Vai ficar contra mim também?
–Não estou contra você. Mas seu pai tem razão em algumas coisas que disse.
–Ótimo. Então o errado sou eu. Declararemos guerra às outras famílias e eu estou errado.
–Talvez não seja assim.
–Mel, você sim é um bebê no que se refere a máfia. Eu estou há tempo demais nessa vida e sei bem o que estou falando. Um respeita o outro desde que não se metam em seus negócios. Não está vendo que meu pai está... maluco?
–Dois bicudos... esse é o problema.
Por fim eu a encarei. Diabo de mulher que ainda ficava aqui retrucando minhas palavras.
Pois bem, se acha que meu pai tem a razão fique do lado dele. Só não venha pedir arrego quando meterem um tiro na sua fuça.
–Robertchay Berllucci Suede! Olha como fala comigo.
–Então pare de falar merda, Melanie. Será como uma provocação às outras organizações.
–Provocação é seu sobrenome, Chay. Cadê aquele homem poderoso e temido que conheci? Você sentia prazer nos desafios. Pense que esse é apenas mais um. Eu estarei do seu lado.
–Está se esquecendo dos nossos filhos?
–Eles são mais fortes do que você imagina. Isso eles puxaram do pai. Você é o melhor... o poderoso. Sempre foi.

2 comentários:

  1. Queeeeeee fogo é esse senhor
    Lindo maravilhoso
    Tadinha da tia Esme :(

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  2. Lindo,pfft
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    Tio Carl do mal
    Emm e Jas ♥
    Aiw que saudades que eu tava

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