segunda-feira, 27 de julho de 2015

FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 01 - 2° TEMP.

Chay
Fechei meus olhos enquanto sentia as mãos macias massageando meus ombros. Estava tenso e nada melhor que uma boa massagem para aliviar. Aliás, ultimamente eu vivia tenso, como se meu sexto sentido me avisasse que algo de ruim estava prestes a acontecer. Esse pressentimento me deixava atento e consequentemente eu mal conseguia dormir. Tudo bem que sempre fui de dormir pouco, mas isso foi há tempos.
Não sou mais tão jovem a ponto de ficar negligenciando minhas horas de descanso. Mas também não estou nenhum decrépito. Porém, prestes a completar quarenta e dois anos, todo cuidado era pouco. Era só o que faltava, sofrer um ataque qualquer, morrer e deixar minha esposa no auge da sua beleza e gostosura para qualquer gavião.
Coloquei minhas mãos sobre as dela, apertando levemente e ergui a cabeça à procura dos seus olhos. Incrível como os anos não passaram pra ela. Quase dezessete anos juntos e Mel permanecia com aquela pele de porcelana, mais parecendo a pele de um bebê.
E isso era uma verdadeira façanha, já que tínhamos coisas demais para esquentar nossa cabeça e nos encher de cabelos brancos.
-Vamos pra cama? O dia foi cheio.
-Vou esperar Valentina chegar.
-Chay, por favor... ela saiu com três seguranças. Pare de se preocupar um pouco.
-Como se fosse possível. Três seguranças ainda é pouco pra ela.
-Tudo bem. Não vamos dormir, mas vamos pelo menos deitar e descansar o corpo.
Ela se afastou, mas puxando-me pela mão. Não ofereci resistência, já que se eu não fosse, ela também não iria.
-Joseph ligou?
-Sim, mas você ainda não tinha chegado. E ele não conseguiu falar em seu celular. Vai dormir contrariado, sabe que ele odeia ficar sem falar com você.
-Amanhã logo cedo eu ligo pra ele. Mas ele está bem?
-Sim. Mas pelo que percebi acho que tem algum assunto importante a tratar com você.
-Acho que já imagino o que seja.
Joseph, agora com vinte e quatro anos seguia firme na sua carreira. A princípio quando ele falou em cursar medicina eu fiquei com o pé atrás. Sei la... acho que não tinha muito a ver com ele. Mas eu jurei que jamais interferiria na decisão profissional dos meus filhos. Claro, se me pedissem opinião, eu conversaria, ouviria seus motivos, mas nunca tentaria impor a minha vontade.
Hoje vejo como estava enganado. Joseph era pediatra e tinha todo o jeito para a profissão. Eu bem que deveria saber, afinal ele nos ajudou muito com Valentina e Enzo.
Andava de namorico com uma garota de vinte e dois anos e eu já até podia ouvir o que ele queria conversar. Ele estava apaixonado. Quase tão apaixonado quanto eu por Mel. E ela piraria com isso. Tinha a mania de achar que seus filhos deveriam ficar pra sempre na barra da sua saia, embora Joseph estivesse morando em Palermo.
Passamos primeiro no quarto do Enzo, que já dormia. Esse era nosso ritual desde que nossos filhos eram bebês. Jamais nos deitávamos sem antes conferir se eles estavam bem.
Dali fomos para nosso quarto, já que Valentina havia saído para uma festa de quinze anos da irmã de uma amiga. Com o passar dos anos eu tive que dar o braço a torcer. Valentina era a minha cópia, em tudo. Enzo era a cópia masculina de Mel. Mais tranquilo, mais doce. Mel, apesar de ser uma mulher forte e que botava medo em muito macho por ai, não perdeu sua doçura. E isso Enzo absorveu completamente.
Já Valentina era o cão chupando manga. Tudo de bom e ruim que eu tenho... ela pegou, infelizmente.
Admito que ela já me proporcionou dores de cabeça homéricas. E pior era saber que isso não era nem metade do que eu ainda passaria com ela. Ficava de olhos bem abertos nesse bando de cara folgado que se achava no direito de querer a minha menina. Engraçado como nunca parei pra pensar em como as garotas se desenvolvem mais rápido que os garotos. Quando completou treze anos Valentina já tinha curvas de uma garota de dezesseis. Se ela ficasse com o corpo parecido com o da mãe... eu estaria fodido. Teria que andar com minha arma sempre carregada. Aliás... já estou na merda, pois nem de longe ela se parece com uma adolescente de dezesseis anos.
Entrei no quarto, tirei meu roupão e fui direto pra cama, jogando-me nela e já abrindo os braços pra Angie. Ela também tirou o roupão, afrontando-me com sua lingerie e se aninhou em meus braços
-Preocupado com a reunião de amanhã?
-Apreensivo. Deus... meu pai só pode ter ficado louco.
-Ele ainda não se recuperou, Chay. Essa é a verdade. Está usando os negócios como uma válvula de escape, para não enlouquecer.
-Mas fazendo isso? Algo que ele passou a abominar? Eu não entendo.
-Tente se colocar no lugar dele.
-Creia... eu já fiz isso. E admito que não foi uma sensação boa. Meu peito chega a doer quando penso nisso, portanto pode ir tratando de mudar de assunto.
-Mal educado. So queria ajudar.
-Ajudará muito se ficar calada.
-Eu pensei que esses dezessete anos serviriam para polir suas ferraduras.
-Ja ouviu aquele ditado que pau que nasce torto, morre torto? Aliás... por falar em pau...
-Nem vem. Estou cansada.
-Puff... e eu pensei que após dezessete anos fosse ficar mais forte.
As palavras mal saíram da minha boca e ela girou o corpo, ficando sobre mim, as mãos pequenas em volta do meu pescoço largo.
-Está me chamando de fraca, Berllucci?
-Ai...odeio quando me chama assim.
-Mas adora quando eu faço isso.
Eu nem cheguei a sentir o que era "isso". No instante seguinte, duas batidas rápidas na porta e a voz de Valentina. Nem todas as reformas que fizemos na casa foram acertadas. Essa coisa de não ouvir os veículos particulares chegando me irritava às vezes. Teria que rever isso.
-Pai? Mãe?
-Entre Valentina. Estamos acordados.
Ela entrou com uma expressão sorrateira, típico de quem aprontou ou aprontaria alguma.
-So vim dar boa noite.
-A festa foi boa?
Ela fez uma careta de desdém.
-Tinha adolescentes demais pro meu gosto.
Ergui minha sobrancelha cinicamente. Como se ela fosse muito adulta.
-Ah pai... você entendeu o que eu quis dizer.
-Claro que entendi.
Ela se aproximou e me deu um beijo no rosto e outro em Mel.
-Estou com sono.
-Durma bem. Não andou bebendo, não é?
-Não, pai. Que coisa.
-Olha como fala com seu pai hein?
-Ta. Desculpe. Boa noite.
Estou falando... estava sorrateira demais. Além disso, pedindo desculpas, coisa rara de fazer. Se ela tiver arranjado algum namoradinho nessa festa ela teria que se ver comigo. Assim que a porta se fechou, Mel voltou a se colocar sobre mim.
-Onde estávamos mesmo?
-Hum... estávamos falando sobre sua fraqueza.
-Nada disso. Estávamos falando sobre as coisas que você adora.
-Pensei que estivesse cansada.
-Pra você? Nunca.
Eu ri, passando minhas mãos em sua cintura. Se isso não mudou absolutamente nada em dezessete anos... não mudaria nunca.
☆;:*:;☆
Abri meus olhos de repente, meus sentidos mais aguçados do que nunca. Girei a cabeça, constatando que Mel dormia profundamente. Conferi as horas e percebi que não havia passado nem uma hora desde o momento em que Mel e eu finalmente resolvemos dormir. Agora eram quatro e meia da manhã. Levantei-me com cuidado para não acordá-la, vesti minha boxer que estava jogada de qualquer jeito aos pés da cama e me aproximei da varanda do quarto. Mel planejou uma mudança radical em nossa residência e confesso que grande parte me agradou. Estávamos muito bem protegidos, sem no entanto precisar daquele monte de segurança por toda a área. Com duas mulheres belíssimas em casa eu não daria essa moleza. Eu não confiava cegamente em ninguém, exceto Mel.
Afastei a cortina um pouco, apenas o suficiente para ver a figura atravessando o pátio rapidamente, seguindo em direção a outra ala da casa. Sem que eu percebesse, minhas mãos fecharam-se em punho, a raiva me subindo de forma assustadora. Como era possível tamanho atrevimento debaixo do meu nariz? Levei minha mão fechada até a testa, batendo-a levemente enquanto pensava qual atitude tomar.
Eu estou falando... meu sexto sentido não me engana nunca. Sabia que tinha algo de podre por aqui. Fui até a cama e parei em frente a Mel, indeciso entre chamá-la ou não. Melhor não. Esse era um assunto que eu resolveria sozinho, pelo menos a princípio. Vesti meu roupão e ainda descalço sai em direção ao escritório.
Parecia um fantasma andando no escuro, sem fazer o mínimo barulho. Dentro do escritório, eu abri o cofre e tirei de lá o que eu precisaria. Mostraria para aquele ser o que eu costumava fazer quando minha raiva atingia seu auge.
Agora era só questão de esperar um pouco. Não tinha muita paciência, mas vá la. Teria que trabalhar isso.
Até ri desse pensamento estúpido. Não consegui isso em quarenta anos, era caso perdido mesmo.
Abri a porta e deixei meus olhos acostumarem-se com a escuridão. Ali estava bem pior do que no restante da casa. Com cuidado, eu me coloquei num lugar estratégico... e esperei.
☆;:*:;☆
Passei os dedos nos olhos... ardiam. Merda. Ha quanto tempo eu estava aqui? Não imaginei que fosse demorar tanto. Nesse tempo dava até pra... pra... NÃO! Ja ia me levantar, movido pelo meu pensamento assustador quando ouvi a porta sendo aberta cautelosamente.
Pouco depois a luz foi acesa e em seguida um grito varreu a noite.
-AH... PAI! Quer me matar de susto?
Eu me levantei da poltrona, furioso, encarando o rosto lambido de Valentina.
-Quero. Quero te matar sim... mas de tanta pancada se você me disser que o que estou pensando é verdade.
-Eu não sei o que está pensando.
Com apenas dois passos eu estava à sua frente, agarrando seu braço com força. Observei muito bem seus lábios levemente inchados e a bochecha corada. Reações que eu conhecia muito bem, vindas de Mel.
-Sem gracinhas comigo ou você apanhará muito Valentina.
Tirei a palmatória do bolso do roupão. A mesma que há dezessete anos eu peguei para usar com a mãe dela. Valentina arregalou os olhos e tentou se libertar.
-Você... você nunca me bateu pai.
-Talvez esse tenha sido meu erro. Eu quero ouvir com todas as letras Valentina. Aonde e com quem estava? Saindo assim, sorrateira, feito um bandido?
-Eu...eu só estava conversando pai.
-Não teste minha paciência, tampouco minha inteligência. Com quem você estava?
Eu pensei que ela faria birra ainda e se faria de vítima. Como sou tolo. Ela apenas ergueu aquele nariz arrebitado dela, encarando-me.
-Eu estava com o Liam e dai? Ele me beijou, e dai?
Cego de raiva, tanto pela petulância quanto pela irresponsabilidade dela, eu a joguei na cama e ergui a mão que segurava a palmatória.
-Chay... não, pelo amor de Deus.
Mel acabava de entrar, descabelada, e correndo em minha direção, segurou minha mão.
-Fique fora disso, Mel... ou você apanha também.
-As coisas não se resolvem assim, amor. Calma.
-Calma uma porra. Ela estava la fora, num canto escuro qualquer, sabe-se la fazendo o que.
-Eu não fiz nada, mãe, eu juro.
Meus olhos estreitaram-se perigosamente.
-Vamos conversar? Bater não adianta, está cansado de ouvir falar disso.
-Ah é? Pois agora eu tenho minhas dúvidas.
Ameacei ir até Valentina novamente e rapidamente Mel se abraçou a ela na cama.
-Então vai ter que bater em nós duas.
-É assim que se educa Mel? Acobertando os erros dela? Por Deus, ela só tem dezesseis anos e estava se esfregando por ai, pelos cantos feito uma...
-ALTO LA... não diga algo que vá se arrepender mais tarde.
Minha mandíbula tremia. Eu já me imaginava pegando o Liam pelo colarinho e quebrando cada osso do corpo dele. E Mel ainda ficava contra mim? E se nossa menina aparecesse grávida? Será que ela não pensava nisso? Isso se já não estivesse.
Pensar nisso quase me fez ter vertigem. Eu realmente precisava sair daqui e esfriar a cabeça, ou faria besteira... com as duas.
Inspirei e voltei a guardar a palmatória.
-Eu vou... sair...
-Chay... está amanhecendo. Daqui a pouco seu pai chega e...
-Eu disse que vou sair, porra. Se não me deixa tentar educar nossa filha, não me diga o que fazer também.
Antes de sair eu ainda revirei a bolsa de Valentina e confisquei seus cartões de crédito e da conta no banco.
-Escute bem Melanie. Se eu souber que você anda facilitando pra ela, se souber que deu um centavo a ela... você se arrependerá amargamente.
Creio que Valentina se assustou com meu rompante. Poucas vezes eu vi minha filha chorar verdadeiramente, e essa era uma delas.
Sai do quarto antes que eu amolecesse e fui para o meu quarto. Vesti uma roupa qualquer e peguei a chave do carro. Ao passar em frente a porta aberta do quarto de Valentina, Mel me chamou.
-Chay... aonde vai?
-Esfriar a cabeça.
Foi tudo o que disse antes de descer e seguir até o Sedã. Deixei o vidro aberto para que o vento batesse em meu rosto. Talvez eu tenha exagerado só um pouco. Mas se Valentina não estivesse aprontando, ela não teria saído na calada da madrugada. Se fosse coisa séria, honesta, ela teria feito isso às claras. Isso que me deixou mordido e horrivelmente desesperado.
Mas talvez Mel estivesse certa. Melhor esfriar a cabeça antes de conversar. Mas se Valentina continuasse com aquele topete... ia apanhar. Ah se ia.
Bom... só conheço duas formas de esfriar a cabeça e relaxar. Mel estava com Valentina, então...eu teria que tentar a segunda opção.
Parei o carro em frente ao bordel e desci, ligando o alarme. Esfriar a cabeça... ou arrumar uma dor de cabeça ainda maior.
Liam:
Valentina:
Vocês devem saber que eu sou ninformatica de ficar postando foto de look,casa,pessoa
Então não deixaria
Depois tem fotos do Enzo e do Josh
Só para constar, estou pensando em postar um dia de cada uma web  Tipo: Segunda Web Chamel Terça: O poderoso Cullen  Quarta: Jogo de Sentimentos  Quinta: Mad Temptation  Mas ainda não sei os dias definidos Deixo nas notas finais do próximo capitulo 

8 comentários:

  1. Que lindo Manu ♥
    Nunca tinha lido, mas vou começar a ler
    Fanfic maravilhosa
    Parabéns a escritora original
    e a você que está adaptando para chamel

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    1. Não vai se arrepender meu amor
      Realmente a fanfic é ótima

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  2. Continuaaa
    E essa Valentina? VTNC, que perfeita ♥
    Imaginando aqui o Chay e a Mel aos 40
    AHahsah'
    Gente, continua

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    1. Se chama Jhennifer a Valentina Kkk'
      Brincadeira, linda ela né?
      Achei no google
      Kkkk'

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  3. estou Muito Ansiosa Nn vejo a HR de Saber oqe o chay vai fazer com a valentina, sera que a mel vai terminar td depois de 17 Anos Juntos Coração a 1000 Continua Pelo Amor de deus

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