Parada na varanda do meu quarto, eu observava Valentina sentada no jardim nos arredores da piscina. Sua expressão era distante e as sobrancelhas unidas demonstravam sua preocupação. Talvez nem fosse preocupação. Deveria mesmo é estar pensando nos motivos que fizeram o pai agir daquela forma. Valentina às vezes não se dava conta de que tinha apenas dezesseis anos, e principalmente sendo mulher, os cuidados do pai em relação a ela eram redobrados. Sua mente era um pouco avançada para sua idade e muitas vezes suas atitudes eram de uma mulher de vinte anos. Eu tentava a todo custo acalmar os ânimos dos dois, mas era uma coisa quase impossível, afinal pai e filha tinham o mesmo gênio ruim.Eu só esperava que depois de nossa conversa Valentina ao menos pensasse antes de agir. O pior disso tudo era saber que ela andava de "caso" com o Liam. Chay não permitiria. Nunca, jamais.Eu o considerava um bom rapaz, sempre nos serviu com eficiência e fidelidade. Mas isso não mudava o fato de ser alguns anos mais velho que Valentina. E por Deus... ela ainda estava nova demais para pensar em namoro. É certo que era apenas quatro ou três anos mais nova do que eu, quando me entreguei ao pai dela.Estava difícil conciliar tudo... muito difícil. De uns anos para cá vários acontecimentos chegaram a desestabilizar um pouco nossa família. Lógico que Chay e eu, apesar de batermos de frente um com o outro, sempre chegávamos a um consenso.Voltei para o quarto e me sentei na cama, pegando o porta-retratos na mesinha ao lado. Era dividido em quatro. Uma foto do meu casamento com Chay, outra foto onde eu estava grávida dos gêmeos com Chay ao meu lado. Na outra éramos eu, Chay e Joseph. E a última... a que me levou lágrimas aos olhos. Enxuguei-as rapidamente antes que Chay resolvesse entrar no quarto e me pegasse remoendo aquilo. Foto de oito anos atrás... quando estive grávida pela segunda vez. Na época em que a foto foi tirada, eu estava com dez semanas de gestação. Era ainda bem pequeno, mas tanto Chay quanto eu tínhamos um sorriso enorme no rosto. Engraçado como eu mesma não me dei conta da gravidez. Sim... eu tinha parado de me proteger sem comunicar isso a Chay. Sempre soube que ele queria mais filhos e pela sua felicidade vi que não estava enganada. No entanto, estava tão envolvida nos negócios que a ausência das regras me passou despercebida.Essa foi uma época ao mesmo tempo feliz e triste. Ainda olhando para a foto em minhas mãos, deixei escapar novas lágrimas.Somente três dias após aquela foto nós o perdemos... nosso bebê. Comecei a sentir mal-estar, dor e depois houve um sangramento. Como não poderia deixar de ser, Chay correu comigo para o hospital. Descobrimos então que se tratava de uma gravidez ectópica, mais conhecida como gravidez nas trompas. Nada pode ser feito... eu já estava abortando. Os médicos não souberam com certeza o que pode ter acontecido, já que vários fatores podem ter contribuído para isso, inclusive o DIU, que usei por um tempo.Mas isso nem me importava. Eu tinha perdido meu bebê e explicações não serviriam para aplacar a dor que aquela perda me causava. Lembro-me de ter ficado horas aconchegada nos braços de Chay, chorando de forma descontrolada. Felizmente, a notícia boa é que esse acontecimento não me impediria de tentar ter outro bebê. Foi difícil, mas eu tinha o carinho do meu marido e dos meus filhos. Aos poucos consegui superar, mas nunca esquecer.Naquela mesma época, apenas duas semanas depois, finalmente soubemos o que estava acontecendo com Esme.Após ser convencido por Chay, Carlisle a levou para fora do Pais e foi então que descobriram um tumor maligno no pâncreas. Por ser de difícil diagnóstico e extremamente agressivo, Esme praticamente não teve chance. O tratamento foi apenas paliativo, já que os exames mostraram que houve metástase.Não foi fácil para nenhum de nós. Pior, obviamente para Esme. As dores que sofria eram terríveis e não raro, Chay e eu chorávamos a noite sempre que voltávamos da casa dela. Por fim, ela sequer tinha forças para ir ao banheiro sozinha. Apenas seis meses depois nós a perdemos.Às vezes penso como essa vida é irônica. Muitas pessoas se preocupam tanto com o dinheiro e somente com ele. Ou então perdem tempo com intrigas e brigas fúteis, cuidados excessivos com a aparência simplesmente por orgulho. E no final... de que adianta isso? Nem todo o dinheiro do mundo foi capaz de salvar Esme. Carlisle gastou uma pequena fortuna, vendeu bens, tudo em busca de uma cura para a esposa. Em vão.O que sei agora, é que nessa vida não somos nada. Somos apenas um grãozinho diante da grandiosidade de outras coisas. Por isso eu me encantava com a forma com que Chay agiu com nossos filhos. Nenhum deles teve nada de mão beijada. Suas mesadas só foram conquistadas quando cada um passou a arrumar o próprio quarto e às vezes ajudar Evangeline.Lembro-me das palavras dele: Não quero apenas dar o alimento aos meus filhos, Mel. Quero ensiná-los a plantar.Tudo bem, sei que essa frase com certeza não saiu da cabeça dele. Mas eu concordava plenamente.Enfim... com a morte de Esme, mais uma vez tivemos que recomeçar. Meus filhos sofreram a perda da avó que os mimava e enchia de carinho. Chay sofria calado e sei que muitas vezes, quando o pegava me olhando, o que estava refletido em seus olhos era o medo de me perder também.Mas nada se compara ao que Carlisle viveu. Ele se desesperou, não se conformava. Passou a beber diariamente, praticamente o dia inteiro. Não foram poucas as vezes em que Jasper chamou Chay, afinal ele era o único que Carlisle ainda ouvia.Depois de algum tempo, nem Chay conseguia mais essa proeza. Carlisle parecia outro homem. Frio, ainda mais arrogante e sem sentimentos. Passou a frequentar bordeis e só chegava em casa com o dia já claro. Nem com os netos se importava. Alice e Jasper foram morar com ele por um tempo, mas ao ser praticamente expulsa, Alice virou as costas para ele.Ha algum tempo descobrimos que Carlisle vinha mantendo um relacionamento com uma prostituta. Dai a explicação para querer explorar a prostituição. E então... novamente ele e Chay batiam de frente.Eu também não concordava com isso, mas tive que ter aquela conversa com Chay. Carlisle estava fora de si e da mesma forma estava meu marido. Queria apenas mostrar a Chay o quanto ele é forte, embora não fosse novidade. Sei que apesar de ouvir muito a minha opinião, ele gostava de me contrariar. Sentia prazer em fazer isso. Esperava sinceramente que dessa vez não fosse diferente. Percebi que apesar de suas palavras, ele estava disposto a explorar esse ramo apenas para agradar ao pai. Estranho para alguém como Chay? Muito. Ele nunca se importou em querer agradar a ninguém. Mas eu via sua preocupação com o pai. Ele estava sofrendo. Mas não havia mais nada que pudéssemos fazer. Aceitar essa imposição ridícula era fazer com que Carlisle afundasse ainda mais na lama.Lembrei-me das palavras ditas a ele há poucas horas:-Provocação é seu sobrenome Chay. Cadê aquele homem poderoso e temido que conheci? Você sentia prazer nos desafios Chay. Pense que esse é apenas mais um. Eu estarei do seu lado.Silenciosamente eu orei para que ele continuasse o mesmo de sempre e me desafiasse, agindo contra meus conselhos.Coloquei o porta-retratos de volta no lugar e me recostei na cabeceira da cama, fechando meus olhos. Nesse exato instante a porta foi aberta e abri meus olhos novamente. Chay apenas me olhou com cara de poucos amigos e tirou a camisa, jogando-a de qualquer jeito sobre a poltrona. Estava me ignorando completamente. Foi até a varanda e ali ficou parado um tempo, as mãos no bolso, provavelmente observando Valentina.Voltou novamente ao quarto e se jogou na poltrona, as pernas abertas e os olhos fechados.-Acha que pode me ignorar o tempo todo?-Não. Principalmente porque você me perturbará, como sempre.-Não pense que suas grosserias farão efeito, Chay.-Que porra foi aquela? Por que me desafiou daquele jeito?-Por acaso dizer o que penso é desafiar você?-Desde que eu não tenha pedido a merda de sua opinião é sim... desafio.-Vou ignorar a parte da "merda de opinião".Voltamos a ficar em silencio, mas vendo que meu marido continuaria feito uma mula empacada, levantei-me e ajoelhei à sua frente.-Eu fui sincera quando disse que seria um desafio se aceitasse entrar nesse negócio, mas não disse que isso era o certo. Falei que estaria ao seu lado como sempre estive... mesmo que isso signifique ficar contra Carlisle.Não sei quanto tempo ele ficou me encarando sem dizer qualquer palavra. Alias, seu rosto era tão completamente inexpressivo que eu poderia pensar que ele estava congelado, morto.Quando por fim manifestou uma reação, foi a de sorrir torto, daquele jeito debochado que eu odiava.-Quer dizer que você acha que eu devo "entrar" no negócio das "prostitutas".Foi uma afirmação cínica e carregada de duplo sentido, e embora soubesse que aquilo era para me provocar, levantei-me furiosa.-Minha vontade é de sentar a mão em sua cara.Fui me afastando, mas Chay me puxou de volta, fazendo com que eu caísse sentada em seu colo.-Será que é a mão que você quer sentar em minha cara?Mordeu o lóbulo da minha orelha, provocando arrepios em minha pele.-Você é tão insuportável, Chay. Não sei porque ainda não lhe chutei e pedi o divórcio.-simplesmente porque sabe que eu não daria. So sai do meu lado se for morta, Mel.Silêncio. Girei um pouco o corpo e a expressão de dor em seu rosto denunciou que tinha se lembrado da mãe. Inclinou a cabeça para frente, repousando-a em meu peito.-Estou cansado. É meu pai, os negócios, Valentina... tudo.-Eu disse que você é forte, mas não precisa aguentar tudo sozinho, Chay. Que merda... não vamos brigar por isso e sim chegar a uma solução.- Como se eu precisasse de alguém para decidir o que fazer...Fechei a mão, controlando a vontade de acertar o nariz dele. Sabia que estava fazendo aquilo para me provocar, devolvendo o que fiz com ele. So por isso deixei passar.Segurando em minha cintura, Chay me colocou de pé.-Vou tomar um banho e irei até aquela merda de puteiro.Arregalei os olhos.-Então...-Ja está decidido, Mel. E que venha a guerra.Capitulo fresquinho
Relembrando que volto a postar na segundaOu semana que vem ♥
sexta-feira, 31 de julho de 2015
FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 03 - 2° TEMP.
terça-feira, 28 de julho de 2015
FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 02 - 2° TEMP.
Nunca vi uma pessoa tão propensa a fazer merda quanto eu. Deveria ter ficado quieto em casa, deitado em minha cama, mesmo que estivesse louco de vontade de dar uns bons tapas em Valentina. Mas não... eu tinha que sair. Tinha que me enfiar naquele bordel como se isso fosse mesmo me ajudar a relaxar. Ganhei foi uma bela dor de cabeça, com certeza resultado do uísque barato que me foi servido.Acabei de crer que apenas Mel tinha o poder de me deixar relaxado e relativamente mais calmo.Ja eram quase seis da manhã quando finalmente cheguei em casa.Estacionei o carro e ao passar pela janela do meu quarto, vi as cortinas abertas, o que indicava que Mel já estava de pé. Ja estava mais do que acostumada a acordar cedo comigo.Entrei e já encontrei Evangeline colocando a mesa do café.–Bom dia, dinda.–Bom dia menino. Está chegando agora? A menina Mel estava preocupada.–Bobeira dela. Sabe que notícia ruim chega rápido.–Está tudo bem?–Poderia estar melhor.–Descanse um pouco filho. Daqui a pouco seu pai chegará.–Mais essa.Resmunguei e subi as escadas. Ouvi a movimentação no quarto de Valentina e no quarto do Enzo, mas não entrei para falar com nenhum dos dois. Ao entrar em meu quarto, encontrei Mel sentada na cama, ainda de roupão, os cabelos úmidos soltos e os pés descalços. Linda como sempre.–Oi.–Você demorou.–Precisava me distrair. Vou tomar um banho.Eu precisava realmente de um banho. Não me sentaria ao lado da minha mulher com aquele cheiro de cigarro, bebida e perfume barato. Merda. Parecia que essa droga estava impregnada em minha pele. Peguei a esponja e esfreguei com força em meu corpo. Lavei meus cabelos até sentir que todo aquele cheiro enjoativo saía de mim.Quando voltei ao quarto, apenas com a toalha em volta da cintura, Mel ainda permanecia na mesma posição.–Seu pai já deve estar chegando.Dei de ombros e me sentei na poltrona em frente a ela. Apenas abri meus braços e ela imediatamente se levantou e sentou-se em meu colo. Enfiou seus dedos em meus cabelos, massageando, me fazendo fechar os olhos.Ela suspirou e esperou ate que eu voltasse a abrir os olhos.–Ja cansei de te dizer que trabalho não faz você relaxar. Nunca fez. No mínimo faz você se esquecer de coisas desagradáveis por alguns momentos.–Acho que preciso ouvir você mais... às vezes.–Também penso isso.–E Valentina?–Chorou até dormir. Está com medo do que você possa fazer contra o namorado.–Namorado porra nenhuma. Imagine só se minha menina, nessa idade namorará um homem na idade dele.–Falaremos sobre isso depois ok? Agora... você foi ao bordel não foi?Bufei. Minha mulher sempre estava alerta a tudo. Às vezes ela parecia saber dos meus passos antes mesmo que eu agisse. E eu adorava isso.–Estive.–E?–Eu não quero isso, Mel.–É tão ruim assim?–O lugar é... até bem cuidado. As mulheres me pareceram bem asseadas, mas a questão não é essa. Eu sempre fui contra esse tipo de exploração. E meu pai também. Eu não entendo o porquê de ele insistir tanto nesse assunto agora.–Nós dois sabemos o motivo, Chay.–É explicável, Mel. Mas não é justificável. Mas eu digo que baterei o pé para defender minha opinião. Baterei de frente com meu pai.–Será uma briga difícil.–Eu sei. Mas eu não estou a frente dos negócios há tantos anos a troco de nada.–Hum... e o que ficou fazendo la esse tempo todo?Eu subi minha mão pelo seu corpo, enfiando-a pelo roupão até encontrar seu seio. Era disso que eu precisava. Do calor do corpo da minha mulher, da sua boca, do seu beijo.–Bebendo... e conversando com algumas pessoas.–Mulheres?Eu me levantei, levando-a comigo e a abracei por trás, meu pau já dando sinal de vida.–Sim.Desfiz o nó do roupão e o tirei, deixando-a nua. Mel levou a mão para trás e tirou minha toalha, segurando meu pau com firmeza.– Esse tesão não é pelas mulheres que viu no bordel não ne?Mordi seu pescoço ao mesmo tempo em que apertava seus seios e esfregava minha ereção em sua bunda.–Longe de você eu sou assexuado amor.Ela gemeu e tombou a cabeça para trás, deitando-a em meu peito. Apertei seu seio com mais força ao ver seu olhar febril. Ela rebolou a bunda gostosa, e foi o bastante para que eu perdesse a compostura.–Eu não ia fazer isso agora...mas...–Isso.... o que?Com minha "delicadeza" peculiar eu empurrei seu corpo para a cama, aproximando-me dela que me olhou sobre o ombro.–Foder você, é claro.–Mas...seu pai...–Que se dane meu pai, que se danem os negócios... que se dane o mundo. Eu só não posso segurar essa tara por você.Segurei meu pau e massageei de cima a baixo enquanto olhava minha esposa na cama. Ela se colocou sobre os joelhos e deslizou os braços sobre a cama, ficando apoiada também nos cotovelos.Não falei nada. Apenas me posicionei e investi meus quadris, entrando completamente dentro dela. Parei um pouco, apenas me deliciando com a gostosura de sua carne me apertando, me recebendo dentro dela. Mas Mel... era sempre Mel. Fogosa e safada.Apertei minhas mãos em seus quadris e comecei a bombear com força, sem me importar com o som que o choque entre nossos corpos provocava. Era disso que eu precisava. Extravasar com a única pessoa capaz de me entender, de me apoiar e de me amar incondicionalmente. Sempre foi assim. Não mudaria agora.☆;:*:;☆Mel e eu tomamos um banho rápido e descemos ou então não teríamos tempo para o café da manhã com nossos filhos. O clima ainda estava tenso. Valentina evitou me olhar e eu igualmente. Não sei do que seria capaz se ela viesse com aquele olhar atrevido pra cima de mim.–É impressão minha ou está acontecendo algo?–Não está acontecendo nada, Enzo. Preocupações normais do dia a dia.–Hum... já sei o nome dessa preocupação.Ele falou olhando para Valentina e eu segurei um riso. Ele viu o clima tenso e resolveu provocar, apenas para fazer com que Valentina se rebelasse. Ela até tentou falar. Abriu a boca, mas fechou-a em seguida ao ver o olhar da mãe sobre ela. Seja la o que for que Mel tenha dito a ela, com certeza funcionou.–Joseph chega amanhã?–Sim, amanhã a noite.–Que bom. É bom ter um homem em casa.–Hei garotão...está me chamando do que?–Não é isso pai. Eu quis dizer mais jovem.–Me chamou de velho. Não mudou muita coisa.Mel riu alto e até mesmo Valentina deu um breve sorriso. E pensar que daqui a pouco a coisa ficaria tensa.Pouco depois Enzo e Valentina se despediram. Ela mal erguendo os olhos pra mim, mas, ainda assim, me dando o beijo de todas as manhãs. Não se passaram cinco minutos desde a saída deles e meu pai chegou, acompanhado por Emmett e Jasper. Seu bom dia foi frio, como vinha sendo nos últimos tempos.–Vamos para o escritório. Quanto antes discutirmos esse absurdo, melhor.Mel me cutucou a cintura, chamando minha atenção. Mal entramos e meu pai foi logo falando.–E então? Quando começaremos? Quando irá ao bordel e se apresentará como o novo dono daquilo tudo?Eu caminhei lentamente até minha mesa e me sentei, olhando para o rosto dos demais. Emmett e Jasper também pareciam incomodados, mas a expressão de Mel era neutra. Serena, como quem assistia a uma missa.–Eu não quero e não farei isso.Meu pai se levantou e deu um soco na minha mesa.–Uma ova que não vai.Eu repeti seu gesto e me coloquei de pé, meu corpo inclinado sobre a mesa encarando-o.–Quero ver se alguém irá me obrigar a isso.–Está me desafiando, moleque?–Moleque eu era quando você me colocou nessa vida. Eu segurei isso com mãos de ferro durante esses anos todos. Eu consegui encontrar aquele verme filho da puta que rondava nossa família. Eu segurei todas as pontas quando o senhor resolveu que queria apenas curtir seu casamento. Portanto não venha dar uma de poderoso chefão agora porque isso não cola comigo.–Eu sei muito bem disso tudo que falou. Mas os negócios evoluem. Não podemos ficar parados no tempo. Entraremos no ramo da prostituição sim. Todos os mafiosos fazem isso. Por que seriamos diferentes?–Porque somos diferentes, pai. Esse é um dos motivos pelos quais não somos envolvidos em constantes guerras. Não estamos nos metendo no negócio de ninguém. Coloque isso em sua cabeça pelo amor de Deus. Entrarmos nessa agora provocará uma guerra de proporções incalculáveis.–Você é um exagerado, Chay. Se você se nega, então votaremos. Aliás, era isso que você deveria ter feito quando colocou sua mulher nos negócios também.Abri a boca, mas pela primeira vez eu estava sem palavras. Meu pai sempre adorou Mel. Chegou muitas vezes a brincar e dizer que ela seria a dona do poder um dia. E agora me dizia isso?–Mel se mostrou muito capaz de estar aonde está hoje. Algumas pessoas que pelo visto estão ficando senis e não enxergam isso.O clima esquentou. O tempo fechou. Meu pai partiu para cima de mim querendo me bater. Eu o enfrentei, lógico. Nunca fui de baixar a cabeça pra ninguém. Emmett e Jasper o seguraram e Mel se colocou à minha frente, a louca.–Seu arrogante de merda. Eu levei os negócios muito mais tempo que você. Não passa de um bebê nas fraldas se comparado a mim.–Então pegue tudo de volta. Se é desse jeito que quer... tome a dianteira. Eu não faço questão.–Eu já esperava isso de você. Virou um frouxo, um bunda mole depois que se apaixonou.Ah não. Isso já era demais. Poderiam falar o que quisessem de mim, até mesmo que eu era gay, afinal eu não era mesmo. Mas insinuar qualquer coisa a respeito da minha mulher, ou como meu pai disse, que fiquei frouxo por causa dela... isso não. Talvez eu me arrependesse mais tarde, mas no momento eu estava muito puto de raiva.–E desde quando você tem moral pra me falar alguma coisa? Olhe pra você mesmo. Olhe no que se transformou desde que a minha mãe se foi. Fica ai pelos cantos se fazendo de coitado.–Cale a boca. Você não sabe de nada.–A verdade dói não é? Mas tenha certeza que seus atos doem mais em nós. Pare de sentir pena de si mesmo. Você continua vivo. Quantas pessoas morrem todos os dias, quantas pessoas nós matamos e a outras permanecem ai... de pé? Acha que minha mãe está feliz por ver que você também se transformou num homem fraco, amargo e revoltado?– Cale a boca! Estúpido! Cale a boca!Meu pai avançou para mim novamente, quase passando sobre a mesa. Jasper voltou a agarrá-lo, segurando-o firmemente.– Pois a partir de hoje você está fora! Eu tomo conta de tudo agora! Você está fora, entendeu?Depois da explosão, o silêncio. Nós dois nos encarando.–Acho que então não temos mais nada a dizer.–Chay... cara... vamos conversar melhor.–Não, Emmett. Se nosso pai quer assim, então será assim. Aliás... tem um carregamento chegando hoje. Vocês já podem ir.Meu pai ainda ficou um tempo me encarando, o semblante um tanto triste. Mas depois apenas se virou e saiu.–Vão atrás dele.–Chay, pense melhor.–Vá Jasper.Assim que eles saíram eu me joguei na cadeira, deixando meu corpo escorregar um pouco e fechei os olhos.Pouco depois senti as mãos de Mel em minha coxa.–Não acha que foi longe demais?–Vai ficar contra mim também?–Não estou contra você. Mas seu pai tem razão em algumas coisas que disse.–Ótimo. Então o errado sou eu. Declararemos guerra às outras famílias e eu estou errado.–Talvez não seja assim.–Mel, você sim é um bebê no que se refere a máfia. Eu estou há tempo demais nessa vida e sei bem o que estou falando. Um respeita o outro desde que não se metam em seus negócios. Não está vendo que meu pai está... maluco?–Dois bicudos... esse é o problema.Por fim eu a encarei. Diabo de mulher que ainda ficava aqui retrucando minhas palavras.Pois bem, se acha que meu pai tem a razão fique do lado dele. Só não venha pedir arrego quando meterem um tiro na sua fuça.–Robertchay Berllucci Suede! Olha como fala comigo.–Então pare de falar merda, Melanie. Será como uma provocação às outras organizações.–Provocação é seu sobrenome, Chay. Cadê aquele homem poderoso e temido que conheci? Você sentia prazer nos desafios. Pense que esse é apenas mais um. Eu estarei do seu lado.–Está se esquecendo dos nossos filhos?
segunda-feira, 27 de julho de 2015
FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 01 - 2° TEMP.
Fechei meus olhos enquanto sentia as mãos macias massageando meus ombros. Estava tenso e nada melhor que uma boa massagem para aliviar. Aliás, ultimamente eu vivia tenso, como se meu sexto sentido me avisasse que algo de ruim estava prestes a acontecer. Esse pressentimento me deixava atento e consequentemente eu mal conseguia dormir. Tudo bem que sempre fui de dormir pouco, mas isso foi há tempos.Não sou mais tão jovem a ponto de ficar negligenciando minhas horas de descanso. Mas também não estou nenhum decrépito. Porém, prestes a completar quarenta e dois anos, todo cuidado era pouco. Era só o que faltava, sofrer um ataque qualquer, morrer e deixar minha esposa no auge da sua beleza e gostosura para qualquer gavião.Coloquei minhas mãos sobre as dela, apertando levemente e ergui a cabeça à procura dos seus olhos. Incrível como os anos não passaram pra ela. Quase dezessete anos juntos e Mel permanecia com aquela pele de porcelana, mais parecendo a pele de um bebê.E isso era uma verdadeira façanha, já que tínhamos coisas demais para esquentar nossa cabeça e nos encher de cabelos brancos.-Vamos pra cama? O dia foi cheio.-Vou esperar Valentina chegar.-Chay, por favor... ela saiu com três seguranças. Pare de se preocupar um pouco.-Como se fosse possível. Três seguranças ainda é pouco pra ela.-Tudo bem. Não vamos dormir, mas vamos pelo menos deitar e descansar o corpo.Ela se afastou, mas puxando-me pela mão. Não ofereci resistência, já que se eu não fosse, ela também não iria.-Joseph ligou?-Sim, mas você ainda não tinha chegado. E ele não conseguiu falar em seu celular. Vai dormir contrariado, sabe que ele odeia ficar sem falar com você.-Amanhã logo cedo eu ligo pra ele. Mas ele está bem?-Sim. Mas pelo que percebi acho que tem algum assunto importante a tratar com você.-Acho que já imagino o que seja.Joseph, agora com vinte e quatro anos seguia firme na sua carreira. A princípio quando ele falou em cursar medicina eu fiquei com o pé atrás. Sei la... acho que não tinha muito a ver com ele. Mas eu jurei que jamais interferiria na decisão profissional dos meus filhos. Claro, se me pedissem opinião, eu conversaria, ouviria seus motivos, mas nunca tentaria impor a minha vontade.Hoje vejo como estava enganado. Joseph era pediatra e tinha todo o jeito para a profissão. Eu bem que deveria saber, afinal ele nos ajudou muito com Valentina e Enzo.Andava de namorico com uma garota de vinte e dois anos e eu já até podia ouvir o que ele queria conversar. Ele estava apaixonado. Quase tão apaixonado quanto eu por Mel. E ela piraria com isso. Tinha a mania de achar que seus filhos deveriam ficar pra sempre na barra da sua saia, embora Joseph estivesse morando em Palermo.Passamos primeiro no quarto do Enzo, que já dormia. Esse era nosso ritual desde que nossos filhos eram bebês. Jamais nos deitávamos sem antes conferir se eles estavam bem.Dali fomos para nosso quarto, já que Valentina havia saído para uma festa de quinze anos da irmã de uma amiga. Com o passar dos anos eu tive que dar o braço a torcer. Valentina era a minha cópia, em tudo. Enzo era a cópia masculina de Mel. Mais tranquilo, mais doce. Mel, apesar de ser uma mulher forte e que botava medo em muito macho por ai, não perdeu sua doçura. E isso Enzo absorveu completamente.Já Valentina era o cão chupando manga. Tudo de bom e ruim que eu tenho... ela pegou, infelizmente.Admito que ela já me proporcionou dores de cabeça homéricas. E pior era saber que isso não era nem metade do que eu ainda passaria com ela. Ficava de olhos bem abertos nesse bando de cara folgado que se achava no direito de querer a minha menina. Engraçado como nunca parei pra pensar em como as garotas se desenvolvem mais rápido que os garotos. Quando completou treze anos Valentina já tinha curvas de uma garota de dezesseis. Se ela ficasse com o corpo parecido com o da mãe... eu estaria fodido. Teria que andar com minha arma sempre carregada. Aliás... já estou na merda, pois nem de longe ela se parece com uma adolescente de dezesseis anos.Entrei no quarto, tirei meu roupão e fui direto pra cama, jogando-me nela e já abrindo os braços pra Angie. Ela também tirou o roupão, afrontando-me com sua lingerie e se aninhou em meus braços-Preocupado com a reunião de amanhã?-Apreensivo. Deus... meu pai só pode ter ficado louco.-Ele ainda não se recuperou, Chay. Essa é a verdade. Está usando os negócios como uma válvula de escape, para não enlouquecer.-Mas fazendo isso? Algo que ele passou a abominar? Eu não entendo.-Tente se colocar no lugar dele.-Creia... eu já fiz isso. E admito que não foi uma sensação boa. Meu peito chega a doer quando penso nisso, portanto pode ir tratando de mudar de assunto.-Mal educado. So queria ajudar.-Ajudará muito se ficar calada.-Eu pensei que esses dezessete anos serviriam para polir suas ferraduras.-Ja ouviu aquele ditado que pau que nasce torto, morre torto? Aliás... por falar em pau...-Nem vem. Estou cansada.-Puff... e eu pensei que após dezessete anos fosse ficar mais forte.As palavras mal saíram da minha boca e ela girou o corpo, ficando sobre mim, as mãos pequenas em volta do meu pescoço largo.-Está me chamando de fraca, Berllucci?-Ai...odeio quando me chama assim.-Mas adora quando eu faço isso.Eu nem cheguei a sentir o que era "isso". No instante seguinte, duas batidas rápidas na porta e a voz de Valentina. Nem todas as reformas que fizemos na casa foram acertadas. Essa coisa de não ouvir os veículos particulares chegando me irritava às vezes. Teria que rever isso.-Pai? Mãe?-Entre Valentina. Estamos acordados.Ela entrou com uma expressão sorrateira, típico de quem aprontou ou aprontaria alguma.-So vim dar boa noite.-A festa foi boa?Ela fez uma careta de desdém.-Tinha adolescentes demais pro meu gosto.Ergui minha sobrancelha cinicamente. Como se ela fosse muito adulta.-Ah pai... você entendeu o que eu quis dizer.-Claro que entendi.Ela se aproximou e me deu um beijo no rosto e outro em Mel.-Estou com sono.-Durma bem. Não andou bebendo, não é?-Não, pai. Que coisa.-Olha como fala com seu pai hein?-Ta. Desculpe. Boa noite.Estou falando... estava sorrateira demais. Além disso, pedindo desculpas, coisa rara de fazer. Se ela tiver arranjado algum namoradinho nessa festa ela teria que se ver comigo. Assim que a porta se fechou, Mel voltou a se colocar sobre mim.-Onde estávamos mesmo?-Hum... estávamos falando sobre sua fraqueza.-Nada disso. Estávamos falando sobre as coisas que você adora.-Pensei que estivesse cansada.-Pra você? Nunca.Eu ri, passando minhas mãos em sua cintura. Se isso não mudou absolutamente nada em dezessete anos... não mudaria nunca.☆;:*:;☆Abri meus olhos de repente, meus sentidos mais aguçados do que nunca. Girei a cabeça, constatando que Mel dormia profundamente. Conferi as horas e percebi que não havia passado nem uma hora desde o momento em que Mel e eu finalmente resolvemos dormir. Agora eram quatro e meia da manhã. Levantei-me com cuidado para não acordá-la, vesti minha boxer que estava jogada de qualquer jeito aos pés da cama e me aproximei da varanda do quarto. Mel planejou uma mudança radical em nossa residência e confesso que grande parte me agradou. Estávamos muito bem protegidos, sem no entanto precisar daquele monte de segurança por toda a área. Com duas mulheres belíssimas em casa eu não daria essa moleza. Eu não confiava cegamente em ninguém, exceto Mel.Afastei a cortina um pouco, apenas o suficiente para ver a figura atravessando o pátio rapidamente, seguindo em direção a outra ala da casa. Sem que eu percebesse, minhas mãos fecharam-se em punho, a raiva me subindo de forma assustadora. Como era possível tamanho atrevimento debaixo do meu nariz? Levei minha mão fechada até a testa, batendo-a levemente enquanto pensava qual atitude tomar.Eu estou falando... meu sexto sentido não me engana nunca. Sabia que tinha algo de podre por aqui. Fui até a cama e parei em frente a Mel, indeciso entre chamá-la ou não. Melhor não. Esse era um assunto que eu resolveria sozinho, pelo menos a princípio. Vesti meu roupão e ainda descalço sai em direção ao escritório.Parecia um fantasma andando no escuro, sem fazer o mínimo barulho. Dentro do escritório, eu abri o cofre e tirei de lá o que eu precisaria. Mostraria para aquele ser o que eu costumava fazer quando minha raiva atingia seu auge.Agora era só questão de esperar um pouco. Não tinha muita paciência, mas vá la. Teria que trabalhar isso.Até ri desse pensamento estúpido. Não consegui isso em quarenta anos, era caso perdido mesmo.Abri a porta e deixei meus olhos acostumarem-se com a escuridão. Ali estava bem pior do que no restante da casa. Com cuidado, eu me coloquei num lugar estratégico... e esperei.☆;:*:;☆Passei os dedos nos olhos... ardiam. Merda. Ha quanto tempo eu estava aqui? Não imaginei que fosse demorar tanto. Nesse tempo dava até pra... pra... NÃO! Ja ia me levantar, movido pelo meu pensamento assustador quando ouvi a porta sendo aberta cautelosamente.Pouco depois a luz foi acesa e em seguida um grito varreu a noite.-AH... PAI! Quer me matar de susto?Eu me levantei da poltrona, furioso, encarando o rosto lambido de Valentina.-Quero. Quero te matar sim... mas de tanta pancada se você me disser que o que estou pensando é verdade.-Eu não sei o que está pensando.Com apenas dois passos eu estava à sua frente, agarrando seu braço com força. Observei muito bem seus lábios levemente inchados e a bochecha corada. Reações que eu conhecia muito bem, vindas de Mel.-Sem gracinhas comigo ou você apanhará muito Valentina.Tirei a palmatória do bolso do roupão. A mesma que há dezessete anos eu peguei para usar com a mãe dela. Valentina arregalou os olhos e tentou se libertar.-Você... você nunca me bateu pai.-Talvez esse tenha sido meu erro. Eu quero ouvir com todas as letras Valentina. Aonde e com quem estava? Saindo assim, sorrateira, feito um bandido?-Eu...eu só estava conversando pai.-Não teste minha paciência, tampouco minha inteligência. Com quem você estava?Eu pensei que ela faria birra ainda e se faria de vítima. Como sou tolo. Ela apenas ergueu aquele nariz arrebitado dela, encarando-me.-Eu estava com o Liam e dai? Ele me beijou, e dai?Cego de raiva, tanto pela petulância quanto pela irresponsabilidade dela, eu a joguei na cama e ergui a mão que segurava a palmatória.-Chay... não, pelo amor de Deus.Mel acabava de entrar, descabelada, e correndo em minha direção, segurou minha mão.-Fique fora disso, Mel... ou você apanha também.-As coisas não se resolvem assim, amor. Calma.-Calma uma porra. Ela estava la fora, num canto escuro qualquer, sabe-se la fazendo o que.-Eu não fiz nada, mãe, eu juro.Meus olhos estreitaram-se perigosamente.-Vamos conversar? Bater não adianta, está cansado de ouvir falar disso.-Ah é? Pois agora eu tenho minhas dúvidas.Ameacei ir até Valentina novamente e rapidamente Mel se abraçou a ela na cama.-Então vai ter que bater em nós duas.-É assim que se educa Mel? Acobertando os erros dela? Por Deus, ela só tem dezesseis anos e estava se esfregando por ai, pelos cantos feito uma...-ALTO LA... não diga algo que vá se arrepender mais tarde.Minha mandíbula tremia. Eu já me imaginava pegando o Liam pelo colarinho e quebrando cada osso do corpo dele. E Mel ainda ficava contra mim? E se nossa menina aparecesse grávida? Será que ela não pensava nisso? Isso se já não estivesse.Pensar nisso quase me fez ter vertigem. Eu realmente precisava sair daqui e esfriar a cabeça, ou faria besteira... com as duas.Inspirei e voltei a guardar a palmatória.-Eu vou... sair...-Chay... está amanhecendo. Daqui a pouco seu pai chega e...-Eu disse que vou sair, porra. Se não me deixa tentar educar nossa filha, não me diga o que fazer também.Antes de sair eu ainda revirei a bolsa de Valentina e confisquei seus cartões de crédito e da conta no banco.-Escute bem Melanie. Se eu souber que você anda facilitando pra ela, se souber que deu um centavo a ela... você se arrependerá amargamente.Creio que Valentina se assustou com meu rompante. Poucas vezes eu vi minha filha chorar verdadeiramente, e essa era uma delas.Sai do quarto antes que eu amolecesse e fui para o meu quarto. Vesti uma roupa qualquer e peguei a chave do carro. Ao passar em frente a porta aberta do quarto de Valentina, Mel me chamou.-Chay... aonde vai?-Esfriar a cabeça.Foi tudo o que disse antes de descer e seguir até o Sedã. Deixei o vidro aberto para que o vento batesse em meu rosto. Talvez eu tenha exagerado só um pouco. Mas se Valentina não estivesse aprontando, ela não teria saído na calada da madrugada. Se fosse coisa séria, honesta, ela teria feito isso às claras. Isso que me deixou mordido e horrivelmente desesperado.Mas talvez Mel estivesse certa. Melhor esfriar a cabeça antes de conversar. Mas se Valentina continuasse com aquele topete... ia apanhar. Ah se ia.Bom... só conheço duas formas de esfriar a cabeça e relaxar. Mel estava com Valentina, então...eu teria que tentar a segunda opção.Parei o carro em frente ao bordel e desci, ligando o alarme. Esfriar a cabeça... ou arrumar uma dor de cabeça ainda maior.Vocês devem saber que eu sou ninformatica de ficar postando foto de look,casa,pessoaEntão não deixariaDepois tem fotos do Enzo e do JoshSó para constar, estou pensando em postar um dia de cada uma web Tipo: Segunda Web Chamel Terça: O poderoso Cullen Quarta: Jogo de Sentimentos Quinta: Mad Temptation Mas ainda não sei os dias definidos Deixo nas notas finais do próximo capitulo
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