terça-feira, 30 de setembro de 2014

FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 30


CAPÍTULO 30 - MUITO PERTO DO FIM
Mel POV
Coisas demais na minha cabeça. Às vezes eu achava que não ia suportar aquilo tudo. Era um pai vagabundo, irmão, minha mãe... e claro, meu marido quase morto. Parece que as coisas ficavam aguardando tranquilamente. Quando pensava que estava livre de uma... a outra vinha. Começava a ter dúvidas se era uma Poderosa mesmo.
O único alívio era saber que tinha Chay ao meu lado. Embora às vezes, minha vontade fosse de matá-lo. não sei que prazer ele encontrava em tirar onda com minha cara. Fazendo-me quase morrer de tanto ciúmes ou simplesmente se fazendo de bravo comigo.
Entretanto devo concordar com ele em uma coisa: eu sou uma idiota. Quando demonstrações de amor ele já me deu? Mas ninguém pode me crucificar. Quem não sentiria ciúmes de um homem lindo e tesudo feito ele?
- Que besteira está pensando agora?
- Por que diz isso?
- Essas bochechas vermelhas não me enganam, Mel.
- Deixe de ser curioso.
- Mel...
- Ai, Chay. Nós mulheres temos segredos, sabia?
- Sabia. Mas pra mim não deve ter segredos. Fale agora.
Bufei.

- Estava pensando no quanto meu marido é lindo e gostoso. Está bom assim?
-Já imaginava isso.
Revirei meus olhos e olhei pela janela. Ele riu e afagou minha mão.
- Mel?
Quando olhei pra ele sua expressão era preocupada.
- Você está bem mesmo? Não tem sentido nada de anormal?
-Não. Por que pergunta isso?
-Você passou por muita coisa ultimamente, Mel. isso pode ser prejudicial a vocês.
- E você contribui e muito pra isso, não sabe?
-Porque você é tola. Eu vou te dizer algumas coisas e verá como tenho razão. ´
Esperei, encarando-o
- você é linda. Existem outras mulheres lindas? Claro que existem.
Fechei minha cara e cruzei meus braços em frente ao peito, fazendo-o gargalhar.
- Olha só você... Muito bem. Da mesma forma existem homens lindos. E eu pergunto: E dai? Eu não estou com você somente por sua beleza, e tenho certeza que o mesmo acontece com você. Eu acredito realmente que eu so iria me interessar por outra mulher, se existisse alguma brecha entre nós... se me faltasse alguma coisa. E não me falta absolutamente nada. Eu tenho tudo com você, Mel.
Merda de homem que sabia mexer comigo. Como eu poderia sentir raiva, brigar, maltratar um homem desse?
- Você é... completamente diferente de todas que já conheci. É tão madura pra sua idade. Sinceramente às vezes eu me esqueço que você tem apenas dezenove anos.
- Eu sei Chay. Eu tento pensar dessa forma, mas é uma coisa incontrolável. Quando eu vejo... já foi. E não adianta... você é lindo demais, gostoso demais...e eu morro de ciúmes mesmo.
Ele riu novamente.
- Eu também sinto isso e você sabe muito bem. Já me viu várias vezes tendo um ataque de ciúmes.
- Ah.. sim...a piscina está la para não me deixar esquecer.
- Pois é... apesar disso nem me passa pela cabeça que você poderá me deixar um dia....
Ele fez uma pausa.
- Mesmo porque eu mataria você.
Dessa vez eu ri alto.
- E como iria ficar sem mim?
- Não ficaria. Eu me matava depois.
Olhei pra ele, assustada. E fiquei mais assustada ainda ao constatar que ele falava sério.
- Deus me livre, Chay. Nem brinque com isso.
Ele, entretanto, mudou de assunto.
- Quando é que vamos sentir os bebês se mexendo?
- Também me pergunto isso.
Eu respondi, mas já olhando para o gigantesco hotel onde Chay entrava. Abriu a porta pra mim e entregou as chaves para o manobrista. Passamos pela recepção e Chay parou para verificar em qual quarto Victoria estava.
- Não vai pedir para anunciar você?
Ele apenas me olhou e nem se deu ao trabalho de responder. Pegamos o elevador e paramos no oitavo andar. CHay deu uma leve batida na porta do quarto. Um tempo depois ouvimos a voz de Victoria.
- Quem é?
- Chay.
Ela abriu rapidamente a porta e seu rosto demonstrava surpresa.
Olhou de Chay para mim antes de falar.
- Nossa... isso é realmente uma surpresa.
- Preciso falar com você, Victoria.
Ela abriu passagem para que entrássemos.
- Como vai, Melanie?
-Estou bem, obrigada.
Sentei-me ao lado de Chay, a mão dele entrelaçada na minha.
- Em que posso ajudá-lo, Chay?
- Vou direto ao assunto. Conhece-me muito bem. O que você sabe a respeito da mãe da Mel?
Estranhamente a expressão dela não se alterou. Provavelmente ela já sabia que Chay iria procurá-la e sim... ela sabia alguma coisa.
- Eu também serei direta com você, Chay. Dom Matteo quer a mim. Por isso estou escondida aqui.
-Sim, a Tânia me falou. Mas por que ele quer você?
- Para que eu o leve até a mãe de Mel... ou melhor, para minha irmã.
Eu abri minha boca, mas tapei-a com a mão para abafar meu grito. Chay por sua vez semicerrou os olhos... daquele jeito perigoso que costumava fazer.
- O que você está dizendo, Victoria? Está querendo dizer que você e Mel...
Ela me encarou com seus grandes olhos verdes. Minha respiração estava acelerada e era possível perceber meu peito subindo e descendo de forma incontrolável.
-Renné se casou aos quinze anos... apaixonada por Charlie. Eu ainda era criança. Ainda nessa época meus pais se separaram justamente por causa do casamento. Minha mãe não aceitava. Desse jeito eu fiquei com minha mãe. Meu pai faleceu uns dois anos depois. E minha mãe faleceu ha seis meses.
Chay franziu o cenho.
- Eu não sabia disso.
Victoria ficou um tempo pensativa e depois suspirou.
- você se lembra que minha mãe também não gostou quando vim morar com você? Na verdade nem era nada contra você. Nesses anos todos ela acompanhou a vida de Renné. Sabia tudo o que se passava com ela. E me contou que Charlie conhecia Dom Matteo desde seu casamento. Vivia naquela vida que você já sabe: drogas, mulheres... ou melhor...meninas...E Charlie acabou colocando Renné nesse meio. Depois que Mel nasceu... Renné fugiu. Ela não agüentava mais aquela vida.
- E teve coragem de abandonar a Mel?
- Ela não tinha para onde ir, Chay. Acho que ela pretendia encontrar um lugar para ficar e so depois voltar para buscá-la. Ela mudou de nome, falsificou documentos e simplesmente desapareceu. A única que mantinha contato com ela era minha mãe.
- E você sabia disso?
- Minha mãe so me contou logo depois que... eu sai da nossa casa.
- E por que não me contou nada? Meu Deus do céu, Victoria... era minha chance de pegar Dom Matteo. Se Renne sabe tanto assim....
- Primeiramente porque eu sei das regras, Chay. Nenhum contato, esqueceu? E depois...aquele maldito Mike.Ele tentou...me violentar certa vez. Eles adoram pegar as mulheres que foram suas, Chay.
Engoli em seco. Eu odiava ouvir aquilo. Odiava lembrar que várias mulheres passaram pela cama do meu marido.
- Desgraçado.
- Então...eu acabei implorando e deixei escapar...que eu era tia dele.
- E obviamente ele foi correndo contar para Dom Matteo.
- Exatamente. E desde então ele está atrás de mim.
Chay inclinou-se em direção a Victoria.
- Onde Renné está?
- Eu...
Ele se levantou no mesmo instante, fazendo nós duas pularmos de susto.
- Nem me venha com essa. Você vai me dizer onde ela está e eu irei atrás dela.
Lágrimas silenciosas escorreram pelo rosto de Victoria.
-Eu ...tenho medo, Chay...
Ele andou de um lado a outro e depois parou à sua frente.
- Arrume suas coisas, Vic. irei tirar você daqui.
Minha respiração ficou suspensa. Se Chay ousasse levar essa mulher pra nossa casa...Tá certo que já conversamos sobre nossos relacionamento. Mas levar a ex mulher... isso não. Ainda que fosse minha... tia.
Victoria também pareceu constrangida.
- Vou levá-la para a casa dos meus pais. Alice ficou anos lá. Não se preocupe. estará bem mais segura do que aqui.
Ela não se moveu e Chay deu um suspiro exasperado.
- Eu não tenho o dia todo, Victoria.
Ela me olhou como se me pedisse permissão.
- você o conhece tão bem quanto eu, Victoria.
-Eu... eu já volto.
Assim que ela se afastou, Chay sentou-se ao meu lado e beijou minhas mãos.
- Obrigado, amor.
Sorri e passei a mão em seus cabelos. Tinha que aprender a lidar com meu ciúme. Não tinha saída.
******************
Quando finalmente Chay estacionou em nossa casa, meu corpo pedia cama. Estava morta de cansaço. Levamos Victoria para casa de Carlisle e tivemos que recontar toda a história. Quem diria...a ex mulher de Chay era minha tia. Ah...essa vida estava acabando com minha sanidade.
- Quase que você foi meu tio.
- Puff...deixa de conversa fiada.
- É verdade.
- Quero esquecer esse assunto por ora. estou cansado, amanhã temos um longo dia. tudo o que quero agora é um banho e depois fazer amor com minha mulher.
Mordi meus lábios, já adorando aquela idéia.
- Amor ou sexo?
Ele riu.
- Primeiro sexo...depois amor.
Ele segurou minha mão enquanto caminhávamos até a entrada da casa.
- Por que não o contrário?
- Porque eu estou cansado e nervoso. E quando estou assim tenho que extravasar.
- Ah...e vai fazer isso dentro de mim?
- Ah...Mel nem me fale isso que já fico duro so de imaginar.
Eu gemi so em ouvir isso.
-É verdade. Sabe o que parece? Parece que você se fechou com medo que os bebês saiam a qualquer momento.
- O que quer dizer com isso?
- Quero dizer que você está ainda mais apertada que normalmente é. Porra, Mel se você soubesse a vontade que eu tenho de...argh...
Eu arfei. Eu conhecia aquele jeito selvagem dele muito bem. E eu so faltava palpitar por isso. Apertei a mão dele e ele me olhou.
Sabia que minhas bochechas deviam estar pegando fogo.
- Você não vai me machucar.
- Puta que pariu...mas é gostosa mesmo.   Bastou eu falar....
Agarrei-me a ele, segurando em seus cabelos.
-Sim. Bastou você falar e já estou louca para sentir você ...
Ele curvou um pouco o corpo e capturei sua orelha,mordendo-a de leve.
-Inteiro dentro de mim.
Ele rosnou e apertou minha cintura com tanta força que fiquei na ponta dos pés.
- Acho que não vou conseguir esperar ate sair do banho.
Chay engoliu minha boca,quase arrancando minha língua. E foi assim que entramos em casa. Aos beijos...um quase comendo o outro.
-hanhã...
Chay se separou de mim no mesmo instante. Alice estava parada ao lado de Jasper, torcendo as mãos. Claro que sabia que estava procurando a morte, interrompendo Chay desse jeito.
- O que é?
- Não brigue comigo, Chay. Mas tem uma mocinha querendo falar com você.
- Brianna?
-sim.
Chay girou e foi direto para o escritório. Lembrei-me das palavras de Tânia: bem ao estilo da Mel.
Não perdi tempo e corri atrás. Chay, incrivelmente não se opôs. Pelo contrário, segurou minha mão enquanto entrávamos no escritório.
Uma garota um pouco mais baixa que eu, pele clara e cabelos castanhos estava sentada no sofá de couro olhando para a porta. Sua boca se abriu ao olhar para Chay. Posso dizer que literalmente ela babou no meu marido. Tinha minhas dúvidas se as garotas de Dom Matteo eram tão ingênuas quanto diziam.
- Brianna?
- Sim, senhor Suede.
Chay apertou a mão dela e em seguida passou o braço em minha cintura.
- Essa é minha esposa...Mel.
- Oi, Mel.
- Olá.
-Quer falar comigo...
-Sim. acho que só o senhor pode ajudar a mim e a minha irmã.
-Dom Matteo está com sua irmã também?
- Está.
- Quantos anos tem, Brianna?
- Dezesseis.
- hum...e sua irmã?
- Catorze.
Chay passou as mãos nos cabelos tranquilamente e em seguida sentou-se, encarando a garota.
- Como foi que chegou ate mim? Ao que me consta os homens de Dom Matteo estão atrás de você..
-Eu fico sempre escondida. E alem disso uso a peruca que ...que roubei.
Chay ergueu a sobrancelha cinicamente.
   -Anda aprontando por ai?
- N...não. Foi so para me proteger mesmo.
-Sei...mas ainda não me respondeu como chegou até aqui.
- Ontem à noite eu estava dormindo num banco e vi quando seu irmão passou com uma moça loira.
- Emmett?
-Sim...um grandão. Aí fiquei so esperando enquanto eles saíam do...do...
Chay revirou os olhos, impaciente.
- Do motel.
A garota ficou vermelha e baixou a cabeça.
- Sim. Ai quando saíram corri pra falar com ele. Ele não acreditou muito, mas depois que eu falei que Tânia podia confirmar...ele ligou pra ela e me trouxe pra cá.
- E que provas você tem contra Dom Matteo?
-Bem...eu tenho dois filmes...que eu roubei do irmão dessa dai.
Olhou para mim.
- Dessa daí o cacete. Olha lá como fala comigo, pirralha.Eu sou a esposa desse homem , a dona dessa casa...
Eu sabia que minhas bochechas deviam estar quase roxas de tanta raiva.
-Hei...calma,amor.
-Desculpe. Eu não falei por mal.
- Acho bom.
- Continue, Brianna.
-Então. O Mike gostava de filmar tudo. Ele tem vários filmes. Mas eu consegui pegar pelo menos esses dois. Tem todos eles...todos.
-Está com eles ai?
- Ah...sim. Eu sempre guardava muito bem guardado. Er... o senhor pode se virar?
Ele franziu o cenho, mas nada disse. Apenas girou a cadeira ficando de costas pra nós. Ela rapidamente desceu a calça e retirou um embrulho. Uma mistura de jornal e papelão, no meio das coxas e em seguida se vestiu de novo. Estendeu-o para mim.
- Obrigada.
Chay se virou novamente e pegou o embrulho. Abriu-o e tirou dois pequenos cd´s la de dentro.
- Eu irei ver isso junto com Mel. Você ficará aos cuidados do meu pai, assim como outra amiga. Amanhã eu irei procura-la.
- Está certo. Eu so peço...por favor, senhor. Suede. Aja depressa. Minha irmã…
- Fique tranquila. Eu lhe dou minha palavra. Agora venha que o Jasper irá levá-la até a casa dos meus pais.
Enquanto Chay dava instruções ao Jasper,Alice conversava com a garota. Eu so pensava nos filmes que estavam nas mãos de Chay. Provavelmente não seria coisa agradável de se ver.
Assim que eles se foram segui com Chay até a sala de TV.
-Você mesma disse que assistia filme pornô. Isso aqui não deve te deixar muito horrorizada.
Mas o pior foi que deixou. Nem nos filmes que assisti, vi tamanha orgia...tamanha... nojeira. Essa era a palavra. Chay observava, o maxila travado, os olhos quase se fechando em fenda. Ali estavam James, Mike, Dom Matteo e vários outros...todas com garotinhas.
Chay balançou a cabeça e tirou o filme,colocando o outro em seguida. E foi ali que meu coração disparou e meu estômago revirou. Mike com a tal Brianna. Realmente ela se parecia muito comigo. Confesso que quase pedi para que Chay tirasse o filme. Mas antes que eu falasse qualquer coisa, ouvimos a voz do Mike.
-Ahhh...mel...rebola no meu pau...
A respiração de Edward ficou suspensa. E o desgraçado continuou.
-Rebola, maninha... vou gozar em você gostosa.
As mãos de CHay fecharam-se .
-Desgraçado, filho da puta.
Ele saiu da sala tão rápido que foi apenas um borrão passando por mim. Corri atrás dele.
-Chay...Chay...
Mas ele caminhava em direção ao cativeiro do \Mike.
Era o fim. E eu nem poderia ter o gostinho de acabar com meu irmão na manhã seguinte. Chay iria matá-lo com as próprias mãos.
E com a fúria que ele estava...era melhor ficar fora do caminho dele.

FANFIC - "O PODEROSO SUEDE" - CAPÍTULO 29


CAPÍTULO 29 - MENTIRAS E PUNIÇÕES

Mel POV
Aquela frase maquinou na minha cabeça o dia inteiro: "Chega Mel. Já te dei seu parquinho de diversões. Por que não vai brincar com seus soldadinhos de chumbo e me deixa em paz?"
Ahh... que ódio que sentia de CHay  às vezes. Mas só às vezes... e bem pouquinho. Merda nenhuma. Minha raiva não durava nem um segundo. Sou completamente apaixonada por aquele cavalão. E mesmo me tratando rudemente, eu sabia que ele me amava também. E não era so porque ele me disse com todas as letras, mas porque ele demonstrava isso em todos os seus atos.
E ainda por cima voltou antes do dia, pegando-me no flagra. Dormia com sua foto junto ao meu peito. Gostoso, filho da mãe. Enquanto ele dormia eu reparava no corpo perfeitoSuspira e morre, Mel. Isso é homem demais pra você. Não resisti e deslizei meu dedo do peito ate a barriga dele, parando perto do elástico do calção.
-Não está pretendendo me estuprar como fez com seu irmão não, ne?
Bati no peito dele.
- Que raiva, Chay. Você parece que dorme com um olho aberto e outro fechado. Está sempre atento.
-Estou acordado ha horas, sua boba.
- E que milagre é esse que ainda está na cama?
- Vou trabalhar em casa hoje. Tenho muita coisa para resolver.
- Qual é o assunto com Tânia?
- Vai começar logo cedo?
- Se não quer que eu saiba... então é coisa ruim.
- Mel... por que esses bebês ainda estão ai dentro da sua barriga?
Estranhei a pergunta, mas percebi que ele esperava uma resposta. Respondi o óbvio.
- Porque ainda não está na hora de saírem.
- Exatamente. Tudo na vida tem sua hora. Se eu não te contei nada ainda é porque não está na hora.
- Chato...horroroso.
Virei-me de costas pra ele e fechei meus olhos. Ele ficou quieto por uns minutos, mas depois senti sua mão em minha cintura e depois deslizar até minha bunda. Estremeci quando senti seu peito forte colar-se às minhas costas e seu hálito quente assoprar em minha orelha.
- Está querendo me provocar, é? Sabe que essa bunda me deixa louco...fico de pau duro só de olhar.
Ele apertou minha cintura e puxou meu corpo um pouco para trás, deixando-nos inteiramente grudados.A boca desceu pelo meu pescoço...mordendo... e a barba por fazer arranhava minha pele, fazendo com que o bico dos meus seios enrijecessem no mesmo instante.
Deslizou sua mão para frente e apertou meu clitóris, me fazendo gemer um pouco mais alto.
- Hum... olha só que delícia... prontinha pra mim.É assim que eu gosto...
Empurrei meus quadris contra sua grossa ereção quando sua mão fechou-se sobre meu seio, apertando meu mamilo.Levei meu braço para trás segurando sua cabeça em meu pescoço e rebolando contra ele.
-Assim, gostosa...isso que é mulher...minha poderosa...


Eu gemi alto e senti meu sexo encharcar-se ainda mais, mas implorei.
-Não, Chay... por favor...não vá usar seus poderes contra mim.
Ele riu alto, sua respiração fazendo minha pele arrepiar-se ainda mais.
-Assim não vale...você me desconcentrou...
Depois falou novamente com a boca em meu ouvido.
-Amor da minha vida.
No mesmo instante ergui minha perna, colocando-a para trás sobre a perna dele.
-Não me faça esperar, Chay. Senti tanto a sua falta...
Chay mordeu meu ombro enquanto deslizava seu pau para dentro de mim com relativa facilidade. Girei um pouco minha cabeça, sua boca já estava pronta para a minha. Praticamente me devorou enquanto empurrava seu pau com firmeza, provocando ondas de arrepio por todo meu corpo.
Desceu novamente sua mão até meu clitóris e massageou magistralmente fazendo a primeira onda de prazer me arrebatar. Chay segurou minha perna e estocou mais fundo, rebolando seu pau de um lado a outro,como se quisesse me abrir mais para ele.
-Eu te amo, Chay... amo...
Decididamente esse homem me deixava maluca. Quanto mais eu tinha... mais eu queria. Isso não teria fim. Era um vício... um veneno que por ironia, era essencial para minha sobrevivência.
-Porra... vou gozar em você...
Meu sexo contraiu-se novamente, prendendo-o dentro de mim, fazendo Chay rosnar.
-Poderosa do caralho...gostosa...amo...
Chay gemia enquanto seu jato abundante penetrava meu corpo, escorrendo por entre minhas coxas.
Lentamente ele abandonou meu corpo e deitou-se de costas na cama. Virei-me de frente pra ele e coloquei minha cabeça em seu peito.
-Está tudo bem? Não machuquei você?
-Estou bem.
-Deu tudo certo com os negócios?
-Na medida do possível, sim.
- Hum...você estava tão bravo.
-Detesto amadorismo, Mel. Sabe disso.
-Eu sei, Chay. Mas você tem que ver que nem todo mundo tem seu ritmo, seu estilo de fazer as coisas.
- Tudo bem. Então que aprendam. Há quanto tempo estão comigo? Meu Deus do céu...parecem um bando de garotinhas
- Sim, mas eu acho...
Ele suspirou e me interrompeu.
- Você não acha nada. Cuide das suas coisas que eu cuido das minhas. Agora...
Ele me afastou e ficou sentado na cama, as costas apoiadas na cabeceira. Puxou-me para o vão entre suas pernas e me abraçou.
-Quero te perguntar uma coisa...
- Pode falar...
- Você nunca me falou a respeito da sua mãe.
Fiquei tensa com sua pergunta. Ele estava preocupado há uns dias e agora me fazia essa pergunta?
- Nunca falei porque você nunca perguntou.
- Estou perguntando agora.
-Não tenho muito que falar. Nem cheguei a conhecê-la, Chay. Morreu logo depois que eu nasci.
- Mas seu pai nunca falou nada a respeito dela?
-Apenas uma vez. Disse que era uma mulher maravilhosa, que já me amava muito...e que por isso ele nunca mais se casaria novamente. Depois disso nunca mais falou nada e eu também não perguntei.
- Entendi.
- Agora pode ir falando o porquê disso.
Ele ficou um tempo calado. Estranhei... indecisão não era uma atitude típica de Chay. Passou a mão pelo meu ventre.
- Os bebês estão bem?
- Estão muito bem. Percebeu que já cresceu mais um pouco?
- Percebi...só não comentei que achei que pudesse ser cisma minha.
- Tudo bem. Agora pare de me enrolar. Por que me perguntou sobre minha mãe?
-Eu estive conversando com o traste do seu irmão.
- E?
- Nesses dias de tortura, você chegou a perguntar alguma coisa pra ele? Do por que de ter se juntado a Dom Matteo?
-Não. Pra mim o fato de ter se juntado a ele foi única e exclusivamente para se vingar de você. Afinal, além de tê-lo humilhado bastante, você se casou comigo e eu fiquei do seu lado incondicionalmente. Não é por isso?
- Pelo menos ele disse que não. Primeiro ele tem dívidas com Dom Matteo também.
- Puff.já era de se esperar.
- E segundo...
Levantei minha cabeça para olhá-lo.
-O que?
-Ele disse que Dom Matteo irá ajudá-lo a ... encontrar sua mãe.
O susto que levei foi tão grande que parecia que todo o sangue fugia do meu corpo. Minha pele ficou gelada e eu senti minha cabeça leve como se eu fosse desmaiar.
- Mel? Mel?
Chay tocou meu rosto enquanto friccionava meus pulsos.
- Fale comigo, por favor. Ah..merda. Sabia que não deveria ter falado nada.
- Não. Foi só...um susto.
- Está bem?
- Que loucura é essa, Chay? Minha mãe está morta.
Então ele me contou tudo o que o Mike dissera. Minha boca ia se abrindo à medida que ele falava. E estranhamente... eu não duvidei. Meu pai foi tão ordinário que eu não duvidava nada que aquilo fosse verdade.
- Então eu liguei pra Tânia e pedi que ela viesse aqui hoje. Vamos precisar dela.
- Meu Deus, Chay... mas essa família que tive é...nojenta.
- Como está se sentindo? Seja sincera.
- não consigo nem chorar, Chay. Acho que já vi tanto horror vindo dessa banda podre. Felizmente com você eu so conheço a felicidade...então não tem muita coisa que me abale mais.
Eu vi os olhos dele brilharem. Felicidade... admiração...amor...tudo junto.
- Não imaginava que fosse tão forte assim.
Ele me abraçou novamente.
- Pensei que fosse desabar.
Olhei bem em seus olhos, sentindo minha pulsação disparar.
- A única coisa que pode me abalar...é se acontecer algo com você ou com nossos filhos.
Ele segurou meu rosto e me beijou longamente.
- Mas nós iremos descobrir isso. E sinceramente, Mel? Eu acho que seu irmão já foi castigado demais. Está na hora de você se decidir.
Inspirei profundamente. Não porque eu tivesse alguma dúvida. Não tinha nenhuma, estava muito convicta do que iria fazer. Eu estava apenas tentando criar coragem, afinal nunca matei ninguém a sangue frio como Chay. Mas o desespero que passei quando pensei que fosse perder Chay ainda corroia em minhas veias.
- Peça aos seus homens para preparem tudo, Chay. Amanhã Mike partirá dessa pra melhor.
Levantei-me e fui até o banheiro, ligando a ducha. Não sabia exatamente em que espécie de ser eu havia me transformado. Ou em que espécie de mulher o amor por aquele homem havia me transformado.
****************  
Eu dava uma olhada na relação dos seguranças enquanto Chay se ocupava de olhar outros papeis . Estávamos aguardando a chegada de Tânia a qualquer momento. Eu tentava mostrar naturalidade, mas não estava conseguindo. Pra mim essa história estava mais fedida do que tudo. Não ousei perguntar a Chay qual era a sua opinião a respeito.
Ouvi a batida na porta e antes que eu me levantasse, Chay ordenou que entrasse. Tânia entrou deslumbrante como sempre, usando um vestido roxo, pouco acima dos joelhos.
-Bom dia,Chay.
-Bom dia. Sente-se ai. Já iremos conversar.
- Como vai,Mel?
- Estou bem, e você? Alguma novidade?
- Por enquanto nenhuma. Mas vou te dizer, heim...as coisas começam a se complicar para o lado de Dom Matteo.
- Como assim?
-Uma das garotas que foi traficada conseguiu fugir... não se sabe como.
Chay levantou a cabeça no mesmo instante.
-Conte isso direito, Tânia.
- Não estava sabendo, Chay?
Ele revirou os olhos e suspirou,exasperado.
-Óbvio que não ou não estaria perguntando.
Deus do céu, mas era o rei da impaciência.
-Aconteceu que a Brianna, não se sabe como, conseguiu fugir. Suspeita-se que saiu escondida no carro de um dos clientes. E desde então Dom Matteo está louco atrás dela.
Tânia encarou Chay por um tempo.
- Porque se ela chegar até “alguém” poderoso e influente... será o fim de Dom Matteo.
As narinas de Chay inflaram e ele prendeu a respiração por um tempo. Depois inclinou-se um pouco na direção de Tânia.
- Dom Matteo acha que ela pode estar querendo chegar até mim?
- Eu tenho certeza que sim.
- Como é essa garota, Tânia?
-Baixa, pele clara, cabelos castanhos... bem ao estilo da Mel.
Chay recostou-se na cadeira, pensativo. Mas minha mente doentia e ciumenta já imaginava a garota “bem ao meu estilo”.
- Temos que sair atrás dessa garota.
Eu me levantei.
- Mas, Chay...
- Quieta ai, Mel.
- Tânia...você tem feito seu trabalho direitinho? Tem certeza que Dom Matteo não desconfia de nada?
- Absoluta, Chay. E eu me esforço pra isso. Afinal, se não fosse você, meu filho não estaria a salvo.
- E como ele está?
- Está se recuperando. A clínica que você indicou é maravilhosa.
Chegava a ser cômico. O maior traficante do país, aquele que contribuía para que a população, principalmente os jovens, se enveredassem pro mundo das drogas... ajudando uma pessoa a se livrar do vício.
- Mas eu tenho outra coisa que quero que descubra pra mim, Tânia.
- Pode mandar, chefe.
- Victória.
Meu sangue congelou nas veias e arregalei meus olhos. Chay so poderia estar brincando. Sua ex mulher? O que ele queria saber dela, afinal?
- O que tem a Victoria?
- Ela está mesmo com Dom Matteo?
- Pra que quer saber isso, Chay?
Eu perguntei, mas ele sequer olhou em minha direção. Continuou encarando Tânia.
- Claro que não, Chay. Ficou louco? Victoria tem pavor daquele homem. Ela nem está mais no apartamento que você deu a ela. Tem medo de ficar sozinha.
- E como ela está agora?
- Vive num hotel.    Nem sai de lá. Dom Matteo quer a Victoria de qualquer jeito. Sabe como ele é em relação a ...suas ex.
- E por que Victoria não me procurou? Não pediu ajuda?
- Como por quê? Você deixa tudo muito claro pra elas. A partir do momento que deixam de ser companheiras...nada de envolvimento. Nem um olá.
Isso era novidade pra mim.
- Eu sempre deixei isso claro pra todas.
- Menos pra mim.
Chay me olhou tão intensamente, que por um momento eu fiquei meio perdida. Não soube decifrar o que se passava com ele.
- Porque você simplesmente nunca seria minha ex companheira, Mel. JÁ te falei um milhão de vezes desde que entrou por essa porta, que seria pra sempre. E agora pare de me interromper ou te dou umas palmadas.
Dei um sorriso largo pra ele e movi meus lábios, sem emitir som: Gostoso.
Ele riu e balançou a cabeça.
- Sabe em que hotel ela está?
- Onde ela estaria segura, Chay? Onde Dom MAtteo não se arriscaria a entrar?
- No hotel do meu pai, é claro.
Eu ainda não tinha entendido o que Chay queria exatamente com Victoria. Mas não iria perguntar. Não que eu tivesse medo das palmadas, mas simplesmente não queria vê-lo irritado comigo. Pelo menos, não hoje.
- Mas Dom Matteo não pode estar atrás de Victoria simplesmente porque ela foi minha mulher. Ele deve ter outros interesses.
-Sim. Pelo que entendi, Victoria sabe de alguma coisa que ele está correndo atrás. Mas isso eu também não consegui descobrir ainda.
- Quer dizer que Victoria nunca teve nada com ele? Nem quando estava comigo?
Tânia me olhou, confusa.
- Tem certeza que era pra ele ter saído do hospital?
O olhar de Chay estreitou-se em direção a Tânia.
- Vai dar uma de engraçadinha agora também? Perdeu todo o senso do perigo?
-Não...claro, er...desculpe. Mas Chay... que mulher em sã consciência faria isso?
Hum...não gostei de ouvir aquilo vindo da boca de Tânia.
- Victoria tem nojo daquele homem. Ele já quis pega-la a força, mas ela conseguiu escapar.
A agonia ia acabar me matando. Levantei-me novamente e fui até Chay.
- De onde tirou essa idéia de que Victoria poderia ter traído você, Chay?
Perguntei deixando meus dedos enfiaram-se em seus cabelos. Ele ergueu os olhos pra mim e passou o braço pela minha cintura.
- Um franguinho depenado me contou. Mas agora...acho que está na hora de fazer uma canja com ele.
- O que...
Chay pegou o telefone e esperou, seus dedos acariciando de leve a minha barriga. Assim que a ligação foi completada, ele se levantou.
- Emmett? Quero que entre em contato com os rapazes ainda hoje.
Ele esperou um pouco e seus olhos brilharam perigosamente.
- Eu sei que dei folga a vocês hoje. Não tem que me lembrar de nada e eu jamais volto atrás em minha palavra. Quero apenas que fiquem avisados que amanhã bem cedo, antes do dia clarear...venham buscar alguém e levem para o galpão. E sem atrasos.
Nem ao menos se despediu e desligou.
- Está falando do...
- Tânia, obrigado por ter vindo. Quero que fique atenta à questão da garota. Mas colocarei meus homens em alerta também.
- Sempre às ordens, Chay.
- Agora eu preciso acertar umas contas com um sujeitinho ai...
Saiu do escritório ventando. E eu fui atrás apenas dando um tchau pra Tânia.
- A gente se fala depois, Tânia.
Corri atrás dele que andava a passos largos.
- Chay...CHAY...me espere, caralho.
Ele parou e se virou.
- O que é?
-Vai falar com o Mike?
- Sim. Com aquele filho da puta que tentou me enganar, dizendo que Victoria me traía com Dom Matteo. Já passou da hora de acabar com a raça vagabunda dele.
- Por que isso, hã? Tudo isso é ciuminho da Victoria?
Antes que eu tivesse tempo de pensar, meu corpo foi prensado contra a parede e sua boca esmagou a minha com ferocidade, a língua se enfiando entre meus dentes sem pedir licença. Não me fiz de rogada, é claro e agarrei-o pelos cabelos. Mas rapidamente ele se afastou. Mesmo sendo breve, foi o bastante para me deixar ofegante.
-Pareço estar com ciúmes, hã? Mel...Mel...só me faça um favor: não me irrite hoje. Não estou pra brincadeiras.
Deu as costas pra mim e voltou a caminhar em direção ao quarto onde Mike estava.Corri atrás novamente. A porta foi escancarada com violência e Chay entrou indo direto até Mike. Como sempre ele estava de bruços na cama. Edward pegou-o pelo pescoço, fazendo-o grunhir.
- O que...
Passei à frente de Chay e pude ver a fúria assassina em seus olhos. Confesso...dessa vez eu tive medo dele. Pela primeira vez eu me vi realmente casada com o Dono da máfia. O Todo poderoso frio e implacável que metia medo em todo mundo.
-Achou que iria me fazer de bobo e sair impune, seu merdinha?
-Eu...não sei do que está falando.
A bofetada estalou e a boca de Mike sangrou no mesmo instante.
- Estou falando da Victoria. Você queria que eu fosse atrás dela, não é? Que eu tentasse tira-la das mãos de Dom Matteo.
-Não ...eu so falei a verdade. Que ela era uma vadia e...
Outra bofetada e Mike gemeu.Chay sentou-se à frente de Mike e olhou para um dos seguranças.
- Donovan?
-Sim, chefe?
-A minha caixa de charutos, por favor.
Ele saiu apressado e voltou menos de cinco minutos depois. Chay acendeu o charuto e recostou-se na cadeira. Eu tenho que dizer...nem era hora disso, mas aquela cena era sexy demais. O meu poderoso gostoso, sentado tranquilamente na poltrona, a fumaça do charuto ocultando parcialmente seu rosto.Eu me molhei toda, foi inevitável.
- Comece falando a verdade, Mike. E não me venha com gracinhas. Estou aborrecido hoje.
- Já falei...Victoria traía você com Dom...
Chay  inclinou seu corpo para frente e pressionou a ponta do charuto na mão de Mike. Ele berrou e esperneou enquanto Chay continuava o aperto, o olhar em fenda fixo nele.
-AHHHHH...PARE...
Chay voltou a recostar na cadeira. Olhei para a mão em carne viva do meu irmão. Até quando ele ia se negar a contar a verdade?
- Vamos lá...franga...fale.
Mike arfava e não falava nada. Era um burro mesmo. Ia morrer de qualquer jeito. Por que não falava logo de uma vez?
- Mike?
Silêncio.
Chay se levantou, uma das mãos no bolso da calça e a outra segurando o charuto.
- Donovam? Vire-o. Deixe-o de costas na cama.
Mas Mike queria mesmo brincar com o perigo. E queria me arrastar junto com ele. Olhou debochadamente para mim e depois para Chay.
- O que foi, Chay? Vai brincar com meu instrumento também? Assim como minha doce irmãzinha brincava? Passando a linguinha nele?
A respiração de Chay ficou suspensa, mas ele não moveu um único músculo.
- Tire a roupa dele, Donovam.
Ergueu o charuto e ficou um bom tempo olhando pra ele. Eu já imaginava o que ele iria fazer.
Fui até ele e toquei seu braço. So esperava que com esse gesto, ele não acreditasse nas palavras absurdas de Mike. Não sei o que estava havendo comigo. Por que eu não o espancava como fiz várias vezes? Passei a mão em meu ventre. Eu já sabia a resposta.
- Chay, por favor...
- SE ESTÁ COM PENINHA DO SEU BRINQUEDINHO É MELHOR SUMIR DAQUI, MEL. AGORA!
- Chay...
Ele se virou pra mim. Os olhos de um assassino frio me encararam. Apenas sibilou.
- Agora. A nossa conversa termina longe daqui.
Sai apressada, mas assim que a porta se fechou eu ouvi o berro agoniado de Mike. E depois mais outro e mais outro...até o silêncio. Provavelmente desmaiou ...de dor.
Desci as escadas correndo, passei ventando pela sala e fui para o nosso quarto. Meu corpo inteiro tremia. Mike filho da puta, desgraçado. Querendo jogar Chay contra mim. E eu estava numa maré estranha. Forte e medrosa ao mesmo tempo.
Quinze minutos depois quando Chay abriu a porta do quarto, meu coração perdeu uma batida. Enquanto caminhava ate mim, minha respiração acelerava. Parou à minha frente e me encarou.
- Levante-se.
Mandou... obedeci. Fiquei de pé e no instante seguinte seus braços envolveram minha cintura e sua boca cobriu a minha. Meu corpo inteiro vibrou quando sua boca passou ao meu pescoço.
- Que pena... estraguei seu parquinho de diversão.
-É mentira dele, Chay. Eu juro que nunca fiz nada...você não pode acreditar nele.
- Claro que posso...
Mordeu meu pescoço.
- Mas não acredito. Você gosta de HOMEM e não de moleque.
Suas mãos apertaram meus seios e eu gemi.
- Você me fez pensar que acreditou nele.
Ele riu, o rosto em meus cabelos.
- Eu sei.
- Desgraçado. Você faz isso de propósito.
- E você sempre cai... tolinha.
Empurrei-o.
-Eu te odeio, Chay.
Ele riu novamente e caminhou para a porta.
- Preciso sair agora. Vou ao encontro da Vic.
- Não...Chay...não...eu não te odeio. Eu te amo.
Ele riu alto.
- Sua ciumenta idiota. Não estou falando isso para você ficar brava. É o que preciso fazer agora.
Mordi meus lábios. Merda...estava com ciúmes sim...e muito. Ele arqueou a sobrancelha.
- Quer vir comigo?
Abri um sorriso.
-Quero.
Ele esperou até que eu me aproximasse e suspirou, a boca colou-se ao meu ouvido.
- So irei respeitar essa insegurança despropositada porque está sensível por causa da gravidez. Vou repetir mais uma vez, dentre milhares que já disse: Você é única pra mim. Me completa. Não preciso de outra. Agora vamos que já está me atrasando.
Fui atrás dele, saltitante. Realmente...esses hormônios estavam acabando comigo.
Enquanto seguíamos no carro, CHay segurou minha mão.
- O que quer com a Victoria?
- Alguma coisa me diz que a Victoria é o passaporte para chegarmos ate sua mãe.
- Victoria? Mas por quê?
- Não sei. Mas eu tenho quase certeza...sua mãe está viva sim...e Victoria vai nos levar ate ela. Quem sabe não será ela a me ajudar a destruir Dom MAtteo?
Minha mãe viva...Victoria sabendo da verdade... Até que ponto Chay estaria certo?